Corrosão naftênica : interação entre ácidos naftênicos e compostos sulfurados contidos nos petróleos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaro Zapelini
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA
Texto Completo: http://www.bd.bibl.ita.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1642
Resumo: Empregando di-dodecil-dissulfeto, sintetizado no nosso laboratório, ácidos naftênicos comerciais extraídos de petróleo peruanos (Liovac 255, IAT=266) e óleo neutro pesado, produzido pela PETROBRÁS, foi preparado um gasóleo "sintético" para avaliação de sua corrosividade frente ao aço-liga 5%Cr e 0,5%Mo. Corrosividade sulfídrica "pura", corrosividade naftênica "pura" e corrosividade "mista" foram avaliadas frente a corpos-de-prova em forma de disco, girando durante 48 horas a 2000 rpm no óleo aquecido. Vinte e três ensaios de corrosão foram realizados obedecendo procedimento estatístico, conhecido por projeto fatorial, cobrindo os intervalos: de 0 a 2% de enxofre, de 0 a 10 de índice de acidez total e de 220C a 275C de temperatura. Cada ensaio foi realizado com quatro discos montados num carretel: um disco imerso no vapor do óleo, dois imersos no óleo líquido e o quarto situado na interface líquido/vapor. As taxas de corrosão e os índices de corrosividade naftênica foram calculados por medidas de massa dos corpos-de-prova antes e após os ensaios, incluindo eventuais produtos de corrosão aderentes (sulfeto de ferro) e após a remoção destes por decapagem. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as taxas de corrosão dos quatro discos de cada ensaio. Assim, a média das quatro medidas representa o resultado de cada ensaio. A corrosividade sulfídrica pura medida para o óleo aditivado com di-dodecil-dissulfeto mostrou-se bem mais elevada do que a que é normalmente apresentada pelo petróleo de igual teor de enxofre, na mesma temperatura. A corrosividade naftênica pura medida para o óleo aditivado pelos ácidos naftênicos é consistente com a descrita na literatura para outros óleos para outros intervalos de temperatura e de IAT (Índice de Acidez Total) e para outras condições dinâmicas dos corpos-de-prova. Óleos que contêm ácidos naftênicos e di-dodecil-dissulfeto não apresentam corrosividade superior a cada um dos agentes corrosivos isoladamente. Pelo contrário, a presença de um agente atenua a ação do outro. Óleos que contêm di-dodecil-dissulfeto em quantidade suficiente para conter 1 a 2%S tem sua corrosividade sulfídrica reduzida pelo acréscimo de ácidos naftênicos até IAT=10. Este comportamento não é relatado na literatura especializada. Óleos que contêm ácidos naftênicos, quando aditivados com di-dodecil-dissulfeto, têm sua corrosividade reduzida até um valor mínimo que depende do teor de ácidos naftênicos e da temperatura. Este comportamento não é relatado na literatura especializada embora tenha sido aventada, por mais de um autor e sem provas experimentais, a hipótese da ação inibidora de compostos sulfurados sobre a corrosividade naftênica de petróleos. Foi deduzida uma equação empírica que relaciona a taxa de corrosão com o teor de enxofre, o IAT e a temperatura para os componentes e os valores de composição e de temperatura definidos nesta tese. É discutida a validade dessa equação para petróleos naturais.
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description Empregando di-dodecil-dissulfeto, sintetizado no nosso laboratório, ácidos naftênicos comerciais extraídos de petróleo peruanos (Liovac 255, IAT=266) e óleo neutro pesado, produzido pela PETROBRÁS, foi preparado um gasóleo "sintético" para avaliação de sua corrosividade frente ao aço-liga 5%Cr e 0,5%Mo. Corrosividade sulfídrica "pura", corrosividade naftênica "pura" e corrosividade "mista" foram avaliadas frente a corpos-de-prova em forma de disco, girando durante 48 horas a 2000 rpm no óleo aquecido. Vinte e três ensaios de corrosão foram realizados obedecendo procedimento estatístico, conhecido por projeto fatorial, cobrindo os intervalos: de 0 a 2% de enxofre, de 0 a 10 de índice de acidez total e de 220C a 275C de temperatura. Cada ensaio foi realizado com quatro discos montados num carretel: um disco imerso no vapor do óleo, dois imersos no óleo líquido e o quarto situado na interface líquido/vapor. As taxas de corrosão e os índices de corrosividade naftênica foram calculados por medidas de massa dos corpos-de-prova antes e após os ensaios, incluindo eventuais produtos de corrosão aderentes (sulfeto de ferro) e após a remoção destes por decapagem. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as taxas de corrosão dos quatro discos de cada ensaio. Assim, a média das quatro medidas representa o resultado de cada ensaio. A corrosividade sulfídrica pura medida para o óleo aditivado com di-dodecil-dissulfeto mostrou-se bem mais elevada do que a que é normalmente apresentada pelo petróleo de igual teor de enxofre, na mesma temperatura. A corrosividade naftênica pura medida para o óleo aditivado pelos ácidos naftênicos é consistente com a descrita na literatura para outros óleos para outros intervalos de temperatura e de IAT (Índice de Acidez Total) e para outras condições dinâmicas dos corpos-de-prova. Óleos que contêm ácidos naftênicos e di-dodecil-dissulfeto não apresentam corrosividade superior a cada um dos agentes corrosivos isoladamente. Pelo contrário, a presença de um agente atenua a ação do outro. Óleos que contêm di-dodecil-dissulfeto em quantidade suficiente para conter 1 a 2%S tem sua corrosividade sulfídrica reduzida pelo acréscimo de ácidos naftênicos até IAT=10. Este comportamento não é relatado na literatura especializada. Óleos que contêm ácidos naftênicos, quando aditivados com di-dodecil-dissulfeto, têm sua corrosividade reduzida até um valor mínimo que depende do teor de ácidos naftênicos e da temperatura. Este comportamento não é relatado na literatura especializada embora tenha sido aventada, por mais de um autor e sem provas experimentais, a hipótese da ação inibidora de compostos sulfurados sobre a corrosividade naftênica de petróleos. Foi deduzida uma equação empírica que relaciona a taxa de corrosão com o teor de enxofre, o IAT e a temperatura para os componentes e os valores de composição e de temperatura definidos nesta tese. É discutida a validade dessa equação para petróleos naturais.
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