A pastoral em chave Cristológica antropológica: Evangelizar a partir dos cinco sentidos

• Autor(a) principal: Zanini, Rogério Luiz
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Teopráxis
• Texto Completo: https://itepa.com.br/ojs/index.php/teopraxis/article/view/120
• topic: Pastoral; Chave Cristológico-antropológica; Evangelizar; Pastoral; Cristologia; Antropologia

A missão da Igreja é evangelizar; fazer acontecer vida em abundância para todos/as (Jo 10,10). Hoje com as mudanças rápidas e profundas em todos os níveis da sociedade a fé consequentemente sofre abalos e precisa se solidificar dentro deste ‘mar’ revolto. O desafio que urge é, nas palavras de Francisco: “responder adequadamente à sede de Deus de muitas pessoas, para que não tenham de ir apagá-la com propostas alienantes ou com um Jesus Cristo sem carne e sem compromisso com o outro” (EG 89). No ápice da Revelação, Deus mesmo se fez humano e inaugurou na humanidade o seu mais eloquente discurso: Ele mesmo. Nesse discurso, revelou-se a origem e o fim do ser humano, criado à imagem de Deus que se fez visível em Jesus Cristo (cf. Jo 1,14). Para a fé cristã, portanto, é o verbo encarnado que antecede e dá as bases para compreender o ser humano verdadeiro. Por isso falamos de um caminho cristológico-antropológico com objetivo de apresentar uma chave pastoral que integre todos os sentidos humanos. O pensamento ocidental muito marcado pelo racionalismo criou lacunas na maneira de compreender o ser humano, enfatizando, sobretudo o aspecto da razão (penso, logo existo) em prejuízo à integralidade do corpo (sinto, logo existo). Este é o plano de fundo da reflexão que contempla os seguintes aspectos. Primeiro, verifica-se como a compreensão de uma racionalidade desvinculada da integralidade humana, conduziu a um estreitamento, e como consequência uma evangelização pífia sem incidência sobre os sentidos humanos. No segundo, retomamos o frescor proveniente das fontes dos evangelhos, contemplando a prática de Jesus como paradigma da plenitude humana, por considerar todos os seus cinco sentidos (visão, olfato, audição, paladar e tato). No terceiro e último, em perspectivas conclusivas, algumas contribuições para uma ação evangelizadora que contemple e valorize os diferentes sentidos da existência humana, uma vez que todos são habitados pela presença do Espírito Santo, como declara o Apóstolo São Paulo.