Relações solo-vegetação na estruturação de comunidades de cerrado sensu stricto no sul de Minas Gerais, Brasil
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Rodriguésia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602017000100115 |
Resumo: | Resumo Os cerrados do sul de Minas Gerais ainda são pouco estudados. Objetivou-se com esse trabalho compreender o papel dos solos na estruturação de duas comunidades arbóreas de cerrado no município de Guapé. Para isso, foram instaladas 14 parcelas de 50 × 30 m em dois fragmentos de cerrado sendo 8 sobre Neossolo Litólico e 6 sobre Argissolo Vermelho. Nessas parcelas, todos os indivíduos arbóreos com circunferência a 30 cm do solo (C30) ≥ 15,7 cm (diâmetro de 5 cm) foram medidos e tiraram-se amostras de solo de cada parcela para análises químicas e texturais. Ao todo foram amostrados 1561 indivíduos e a riqueza florística total foi de 83 espécies pertencentes a 65 gêneros de 37 famílias. A área sobre Neossolo foi classificada como cerrado sensu stricto rupestre e Caryocar brasiliense foi a espécie mais importante em VI para a fisionomia. O cerrado sobre Argissolo foi categorizado como um cerrado sensu stricto típico e Dalbergia miscolobium foi a espécie de maior VI para essa fitofisionomia. A análise de correspondência canônica apresentou autovalor significativo para o primeiro eixo de 0,563 indicando gradiente curto com rápida substituição de espécies. Encontrou-se associação aos teores de P e areia no cerrado rupestre e de K e argila no cerrado típico. Por fim, a distribuição das espécies no gradiente foi diferente entre os substratos indicando preferência de espécies por sítios específicos. A conservação dos cerrados do sul de Minas Gerais deve, portanto, considerar não apenas a diversidade florística, mas suas múltiplas pedoformas e as formações ecotonais associadas. |
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