Respostas anatômicas de espécie dominantes aos extremos hidrológicos do Pantanal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, Marilda da Silva e
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/49067
Resumo: No centro-oeste do Brasil encontra-se uma das maiores áreas úmidas do planeta conhecida como Pantanal. As inundações que ocorrem sazonalmente no Pantanal causam uma redução na porcentagem de oxigênio presente no solo, o que pode repercutir em declínios na performance fisiológica e possíveis alterações na anatomia foliar de algumas espécies. Mesmo nessas condições ambientais, com grandes variações hídricas, algumas espécies têm colonizado extensas áreas do Pantanal, formando florestas dominantes, mudando a estrutura da vegetação, o que causa impactos econômicos e ecológicos. Este trabalho teve como objetivo estudar a dinâmica da anatomia foliar, sua relação com as trocas gasosas de plantas de áreas sazonalmente inundadas, a fim de contribuir para o conhecimento de possíveis adaptações fisiológicas que justifiquem o sucesso na colonização do Pantanal. O estudo foi realizado em uma área do Pantanal norte mato-grossense, na Reserva Particular do Patrimônio Natural/Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. As medidas foram coletadas nos períodos seco e inundado. Para o estudo de anatomia foliar, foi utilizado um micrótomo rotativo modelo RR2250, para as imagens um microscópio modelo DM500. As medidas dos tecidos foram tomadas por meio do programa ImageJ, as de trocas gasosas utilizou-se um sistema portátil de medição de fotossíntese modelo LI-6400XT, as medições de parâmetros do solo foram obtidas através de dois conjuntos de sensores modelos EC-5 e MPS-2 e modelo Cole Parmer, os dados obtidos foram armazenados em um datalogger modelo CR1000. Pode-se observar diferença significativa na anatomia foliar entre as espécies dominantes estudadas entre os períodos hidrológicos, as espécies Vochysia divergens, Byrsonima orbignyana, Curatella americana, Duróia duckei e Alchornea discolor, se mostraram mais tolerantes ao período inundado e as espécies Licania parvifolia e Tocoyena formosa apresentaram maior tolerância ao período seco, a maioria das adaptações apresentadas estão relacionadas ao desenvolvimento do mesófilo e da epiderme. As adaptações apresentadas por cada espécie, lhes permitiu o equilíbrio nas trocas gasosas entre os período hidrológicos, a sobrevivência e desenvolvimento das espécies, durante o período de inundação no ano de 2014.
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