Ansiedade infantil e a utilização de protocolo psicoterapêutico na terapia cognitivo-comportamental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, Matheus Felipe Martins de
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: SILVA, Marcia Cristiane da
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/47183
Resumo: Há a prevalência de transtornos psiquiátricos envolvendo a ansiedade em crianças e adolescentes em cerca de 13,4% da população infantojuvenil. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem se mostrado eficaz para o tratamento da ansiedade em crianças e adolescentes. O objetivo do tratamento terapêutico TCC está em ir à busca de uma modificação da estrutura cognitiva das crianças para que elas consigam se comportar, sentir e pensar de modo diferente e mais adaptativo no futuro. O tratamento protocolar envolve uma diversidade de técnicas com comprovada eficácia para remissão dos sintomas. As intervenções envolvem o aumento de atividades prazerosas, reestruturação cognitiva, a resolução de problemas, relaxamentos, treina em habilidades sociais e intervenções psicoeducativas com os pais. Para os transtornos de ansiedade na infância, Philip Kendall foi um dos primeiros pesquisadores a organizar um programa estruturado, criando o protocolo Coping Cat. Uma pesquisa com o protocolo apresentou bons resultados quando testada em relação à sua eficácia, tanto no término imediato quanto em medidas de follow-up após um ano da intervenção. Um estudo envolveu 22 crianças autistas e com sintomas de ansiedade clinicamente significativos que foram aleatoriamente designadas ou para o programa Coping Cat ou para uma lista de espera. Os participantes do programa evidenciaram reduções significativamente maiores nos níveis de ansiedade do que aqueles da lista de espera. Os ganhos foram mantidos no seguimento de pelo menos dois meses. Esse protocolo foi adaptado para atendimento em grupo. Após a intervenção em ambas as modalidades, os participantes deixaram de preencher critérios para ansiedade e esse ganho foi mantido no seguimento de pelo menos três meses. Assim, percebe-se que o trabalho com crianças apresenta melhores resultados quando se realiza uma abordagem terapêutica protocolar ampliada. Considera-se importante intervir no ambiente familiar, pois terá forte influência para reforçar, extinguir ou generalizar habilidades a serem desenvolvidas na terapia. Outro recurso terapêutico observado nos protocolos são as técnicas de relaxamento, cujo impacto está principalmente em aliviar sintomas físicos desagradáveis desencadeados pela ansiedade. Relaxar seu corpo auxilia a criança na compreensão de que possui controle sobre ele, sendo possível diminuir os sintomas físicos que podem ser vistos como assustadores. Sendo assim, ao acalmar seu corpo, a criança pode começar a compreender que também consegue acalmar sua mente, o que torna essa estratégia essencial no trabalho de modo global. A resolução de problemas também surge em fase intermediária dos protocolos, com ou sem a participação dos responsáveis. Esse recurso auxilia as crianças a lidar com a presença de indecisões e dificuldades em organizar o raciocínio.
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