A morte no ambiente hospitalar: o papel da equipe de enfermagem frente a morte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MOREIRA, Guilherme Ricardo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/63398
Resumo: Ao longo de toda a trajetória do ser humano em sociedade, foi-se ensinado desde cedo a enxergar a morte como uma grande inimiga a ser enfrentada e que tem o luto como uma ferramenta destrutiva. Esse despreparo cultural no lidar com a morte e o luto alimenta um ciclo vicioso onde pode se observar mais pessoas com receio de falar no assunto. A aceitação da morte de pacientes pelo profissional de saúde, especificamente os profissionais de enfermagem, se tornou um grande desafio, visto que atualmente as tecnologias permitem o prolongamento da vida de pacientes terminais. Diante deste entendimento, foi levantado o seguinte problema de pesquisa: qual a importância da equipe de enfermagem frente ao processo da morte no ambiente hospitalar? Para responder ao questionamento, o objetivo geral foi compreender o papel dos profissionais de enfermagem frente a morte de um paciente. Assim, foi realizada uma revisão bibliográfica, nas bases de dados Google Acadêmico e na biblioteca virtual Scienfic Eletronic Library Online, no período de abril a agosto de 2022. Tendo como descritores: Cuidados de Enfermagem, Luto e Atitude Frente à Morte. Como critério de inclusão dos materiais literários neste estudo, definiu-se o período de publicação dos últimos 10 anos. Os profissionais de saúde são treinados para manipular a morte não compreendendo a finitude do paciente, empregando diversas técnicas e procedimentos na tentativa de salvar a vida da pessoa doente, mas o que muitas vezes se consegue é apenas prolongar seu sofrimento e dos demais envolvidos. Estudos apontam o déficit na formação acadêmica como principal responsável pela dificuldade de enfrentamento do processo de morte e morrer, uma vez que muitas das dificuldades vivenciadas pelos enfermeiros em sua prática clínica poderiam ter sido evitadas ou ao menos reduzidas por uma melhor formação profissional. Porém, a graduação não é a única responsável por moldar a forma que enxergamos a morte, este processo se inicia muitos anos antes de se pensar em uma profissão. Os valores, estilo de vida e espiritualidade que desenvolvemos de modo individual desde a infância, também possuem papel crucial como fatores facilitadores ou dificultadores no processo de lidar com a morte. O luto mal elaborado está se tornando um problema de saúde pública, dado o grande número de pessoas que adoecem em função de uma excessiva carga de sofrimento sem possibilidade de reflexão e aceitação. E isso também afeta os profissionais de saúde que cuidam do sofrimento alheio e que, muitas vezes, não têm espaço para cuidar da sua própria dor. Nesse sentido, as instituições hospitalares podem, com o auxílio da educação permanente, auxiliar os profissionais a realizarem reflexões sobre o assunto, tornando-o menos penoso. Desse modo, é imprescindível apropriação e implementação das propostas formuladas pela Política de Humanização, preconizada pelo SUS, e que se fazem necessárias para um melhor acolhimento dos pacientes em estado de terminalidade e de apoio para seus familiares que estão em sofrimento neste processo
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