Atendimento Odontológico Ao Paciente Portador De Diabetes Mellitus Tipo 2

• Autor(a) principal: FEDATO, Juliana Bretas
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: CARMO, Andréia Ferreira do
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/48038
• topic: Diabetes mellitus; Atendimento odontológico; Saúde bucal

A diabetes mellitus (DM) é uma doença endócrina metabólica crônica, reconhecida pelo aumento de açúcar (glicose) no sangue. Pode ser classificada em tipo 1 e tipo 2, sendo o tipo 2 o mais frequente na população. A DM tipo 2 é caracterizada pela deficiência ou resistência na produção da insulina no organismo. A insulina é o hormônio que promove o aproveitamento da energia gerada no corpo. O pâncreas limita e não consegue usar adequadamente essa insulina produzida. Por se tratar de um problema de saúde público crescente, é fundamental que o cirurgião-dentista conheça a sua fisiopatologia e saiba diagnosticar e tratar possíveis complicações que podem surgir nestes pacientes. Desta forma, o objetivo deste trabalho é entender sobre a fisiopatologia da DM tipo II, estudar sobre as principais manifestações orais presentes e descrever sobre os cuidados que devem ser tomados durante o atendimento odontológico desses pacientes. A saúde oral deve estar introduzida no contexto da saúde sistêmica e geral, devido à integração da boca como parte do corpo humano. A DM tipo 2 em geral está associada ao envelhecimento, obesidade e sedentarismo, mas também apresenta fatores genéticos. Muitos pacientes não sabem que tem a doença, mas podem apresentar manifestações orais que podem fazer o cirurgião-dentista ficar atento, como a xerostomia, hálito cetônico, infecções oportunistas, doenças periodontais e dificuldades de cicatrização. Diante dessas manifestações, o profissional deve solicitar o exame de glicemia em jejum e caso o exame esteja alterado, deve encaminhar o paciente para o médico. As consultas odontológicas devem ser realizadas de preferência no primeiro horário da manhã, onde o pico é maior de produção de insulina. Quanto aos anestésicos locais, a mepivacaína 3% sem vasoconstritor ou prilocaína com felipressiva são os anestésicos de escolha. Sinais e sintomas de confusão mental, fraqueza, dor de cabeça, tontura, tremores, palidez, taquicardia e sudorese podem indicar uma crise hipoglicêmica. Nesses casos, o tratamento deve ser postergado e deve-se oferecer algum carboidrato, como mel ou fruta ao paciente. Quando não há melhora, o profissional deve contatar a emergência médica. O paciente que faz o tratamento corretamente pode ser atendido normalmente e realizar procedimentos mais invasivos com segurança. Em razão do aumento de incidência da DM tipo 2, bem como das suas complicações para o paciente, percebe-se a necessidade de uma anamnese detalhada e uma abordagem clínica odontológica cautelosa, sendo fundamental que que o cirurgião-dentista conheça sobre os aspectos clínicos, epidemiológicos, patogênicos e etiológicos da doença, para reduzir os riscos de complicações odontológicas.