Uso de toxina butolínica no tratamento de paralisia facial

• Autor(a) principal: PADILHA, Luana Vitoria Pinto
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/44189
• topic: Toxina botulínica; Paralisia facial; Assimetria facial; Hipercinesia; Sincinesia

A bactéria Clostridium botulinum produz uma neurotoxina chamada toxina botulínica que age no musculo impedindo a liberação de acetilcolina e assim inibindo o movimento muscular. Desde a sua descoberta ela é utilizada nos tratamentos para estrabismo, blerafoespasmo, espasmo hemifacial, distonias, espasticidade e bruxismo, diminuindo o uso de medicamento e evitando ou retardando intervenção cirúrgica. Seu uso na área estética também foi descoberto com sucesso e é utilizado para reduzir linhas de expressão e rugas. A partir disso o seu uso no tratamento de paralisia facial foi ganhando visibilidade e seus resultados cada vez mais surpreendentes. Assim, o objetivo desse trabalho é entender como esse tratamento funciona e melhora a vida das pessoas que sofreram com a paralisia facial. Ela se caracteriza por um distúrbio repentino e sem causas aparentes em que os músculos da face ficam paralisados ou enfraquecidos. Ela atinge metade do rosto, assim um lado fica sem movimento enquanto o outro apresenta uma contração exacerbada, causando uma dificuldade na fala, mastigação, deglutição, podendo causar cefaleia, dor na face, dor de ouvido, zumbido e/ou sensibilidade aos sons, inabilidade de mostrar emoções, salivação excessiva, espasmos, lacrimejamento, olhos secos, xerostomia e dificuldade para fechar os olhos e tirando qualidade de vida do paciente, além das consequências estéticas como a assimetria facial. Contudo, a toxina botulínica tipo A, mais conhecida comercialmente como BOTOX, é uma alternativa para solucionar ou minimizar a assimetria facial causada pela paralisia, com o intuito de devolver a harmonia fácil para o paciente. Ela pode ser aplicada no lado oposto ao paralisado, trabalhando na hipercinesia, que é a contração excessiva dos músculos da face, e para agir na sincinesia que se caracteriza pela contração involuntária da musculatura. É uma alternativa boa por ter baixo custo, ser acessível, resultado rápido e duradouro, poucos efeitos colaterais e trazer benefícios estéticos além de ajudar a diminuir os analgésicos e prevenir intervenções cirúrgicas. Essas informações foram coletadas através de um estudo qualitativo através de revisão bibliográfica de artigos, livros teses e sites publicados entre os anos 2000 a 2020 através do google, pubmed e scielo com o objetivo de entender de que forma pode ser realizado o tratamento com toxina botulínica na paralisia facial. Concluindo que é possível possibilitar ao paciente de paralisia facial mais uma alternativa terapêutica, através da toxina botulínica, para a melhora da assimetria facial e qualidade de vida.