Análise da taxa incidência e mortalidade da AIDS em Campo Grande, Mato Grosso do Sul

• Autor(a) principal: GALINDO, André Victor dos Santos
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: POLICARPO, Genylson Barbosa, KUWAKINO, Mateus Kenzo Sanches, BORGES, Matheus Alves Teixeira, PINHEIRO, Miriam Miranda
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/63882
• topic: Epidemiologia; HIV; AIDS; SUS; Antirretrovirais; Saúde pública

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é resultado da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), quando esta não é tratada. Como parâmetro laboratorial e imune, é definida pela contagem de linfócitos CD4 abaixo de 200 cels/mm3, acompanhada ou não pela presença de uma doença oportunista. As terapias antirretrovirais (TARV) contra o vírus HIV, bem como os testes diagnósticos, são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), contudo o número de casos de infecções que evoluem para o estado sindrômico de deficiência imunológica não demonstrou uma queda significativa nos últimos anos. O tratamento de primeira escolha, disponibilizado pelo SUS é baseado na administração de Tenofovir+Lamivudina (300 mg + 300 mg) e Dolutegravir (50 mg), que devem ser utilizados regularmente para que o paciente atinja e permaneça com carga viral indetectável, ou seja, intransmissível pela via sexual. Contudo, mesmo com a disponibilização gratuita da testagem e do tratamento no SUS, ainda é possível evidenciar casos de óbitos causados pelo estágio final sindrômico de imunodeficiência do vírus na população brasileira. Em Mato Grosso do Sul, de 2009 e 2021, foram registrados 7.246 casos de AIDS, com maior prevalência da infecção de indivíduos do sexo masculino – 4.611 casos. Ao todo, foram registrados 142.916 óbitos diretamente relacionados à AIDS em todo o território nacional, no mesmo período. No Estado do Mato Grosso do Sul, de acordo com dados da Secretaria de Saúde (SESAU/MS), há 8.986 pacientes em TARV, dos quais 4.334 estão presentes na capital, Campo Grande. O SUS disponibiliza todos os antirretrovirais necessários para o controle da infecção, principalmente o tratamento de primeira escolha que deve ser utilizado regularmente para que o paciente atinja e permaneça com carga viral indetectável e intransmissível pela via sexual. Essa combinação de medicamentos, disponibilizados gratuitamente, demonstrou maior efetividade e menos efeitos colaterais, quando comparados aos tratamentos mais antigos, favorecendo a adesão dos indivíduos ao tratamento, baseado no protocolo 2:1, onde são utilizados 2 medicamentos inibidores de transcriptase reversa e 1 medicamento inibidor enzimático.