EXPECTATIVAS INSTITUCIONAIS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ÁLGEBRA NOS ANOS INICIAIS E FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALVES, ANDERSON
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31947
Resumo: Este trabalho surge a partir das propostas de mudanças da Educação Nacional, em particular o quinto eixo - Álgebra e Funções - observando que as orientações nacionais devem ter impacto sobre as orientações estaduais e municipais, o que nos conduziu à questão de pesquisa “Seria a Álgebra simbólica a causa do aumento das dificuldades matemáticas dos estudantes a partir do 7º ano ? ”Dessa questão, retiramos como objetivo Identificar por meio de documentos oficiais indicados para o ensino e aprendizagem de Álgebra no Ensino Fundamental - anos iniciais e finais, quais as praxeologias privilegiadas para estabelecer a passagem da Aritmética para a Álgebra, tentando estabelecer uma relação entre a expectativa institucional e o aumento das dificuldades dos estudantes identificadas nas macroavaliações. Para fundamentar o trabalho, utilizamos como quadro teórico central a Teoria Antropológica do Didático (TAD) de Chevallard e seus colaboradores, e como referenciais de apoio, as noções de quadro e mudança de quadros segundo definição de Douady e as noções de nível de conceituação e níveis de conhecimento esperados dos estudantes, conforme definições de Robert. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, segundo definição de Godoy, cujo método é o da pesquisa documentalde Ludke e André. A análise das relações institucionais esperadas e existentes foi realizada nos documentos oficiais, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental - anos finais e a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Fundamental - anos iniciais e finais, e livros didáticos, a coleção “Matemática do Cotidiano” de Bigode e Gimenez e a coleção Projeto Ápis de Dante, ambas destinadas ao Ensino Fundamental - anos iniciais. Da mesma forma, analisamos a coleção Projeto Teláris de Dante e “Matemática do Cotidiano” de Bigode, sendo essas coleções destinadas ao Ensino Fundamental - anos finais. Analisamos ainda a macroavaliaçãio SARESP entre 2010 a 2017. Para a análise dos livros didáticos e da macroavaliação SARESP, construímos uma grade, segundo modelo de Dias. As considerações finais e perspectivas futuras parecem indicar que os livros didáticos analisados cumpriram seu papel, uma vez que existe uma coerência entre o que era proposto nos documentos oficiais e o que os alunos poderiam encontrar nessas fontes para estudo. Sendo assim, podemos considerar que as dificuldades dos estudantes podem estar realmente associadas às escolhas de organização e tratamento da Álgebra, que não era explicitamente associada ao desenvolvimento do pensamento algébrico, sendo, em geral, introduzida por meio de seu simbolismo sem que houvesse preocupação com a passagem gradativa da Aritmética para a Álgebra. As perspectivas estão relacionadas ao novo documento, uma vez que esperamos que sejam feitas as adaptações necessárias das propostas curriculares.
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