Institucionalização do idoso na velhice extrema: um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MOREIRA, Guilherme Pinheiro
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: RAMOS, Vivian de Brito Formiga, COSTA, Camila Barbosa da
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/48112
Resumo: O envelhecimento populacional é uma realidade vivenciada no mundo inteiro, mesmo com diversas tecnologias, políticas, leis e saberes especializados que buscam assegurar as mais dignas condições de envelhecimento, as instituições asilares que padronizam o envelhecimento ainda marcam presença no mundo contemporâneo. Esse estudo de caso objetiva descrever a assistência de enfermagem à uma idosa extrema, institucionalizada em instituição de longa permanência para idosos (ILPI) e internada na unidade de terapia intensiva de um hospital na cidade de Porto Alegre/RS. A metodologia utilizada foi a coleta de dados através de histórico de enfermagem e anamnese. Paciente S.S.P, 95 anos, feminino, branca, aposentada, foi trazida ao hospital pelo serviço de ambulância de atendimento pré-hospitalar, apresentando desidratação, rebaixamento do sensório e retirada sem prescrição, da sonda nasoenteral na instituição onde reside. Possui histórico de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e demência em tratamento medicamentoso sem acompanhamento regular, além de suspeita de Trombose venosa e infecção urinária. Transferida para a unidade de terapia intensiva, realizada a sondagem nasoenteral com início da hidratação e dieta enteral, iniciou tratamento medicamentoso para infecção urinária e lesão por pressão. Apresentou resultado positivo para Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae ambos resistentes a carbapenêmicos em swab anal, instituído assim, as medidas de precaução de contato. Como diagnósticos de enfermagem foram estabelecidos: Confusão crônica associada à demência caracterizada por prejuízo progressivo da função cognitiva; Comunicação verbal prejudicada associada à incapacidade de falar e ao prejuízo do sistema nervoso central; Risco de glicemia instável relacionado à ingestão alimentar insuficiente associado a alteração do estado mental e ao estado de saúde física comprometido; Risco de infecção associado a procedimentos invasivos; Déficit no autocuidado para alimentação associado pela capacidade prejudicada de engolir alimentos e a alteração da função cognitiva; Risco de lesão por pressão associado à redução da mobilidade e a alteração da função cognitiva; Risco de constipação associado ao prejuízo neurológico; Eliminação urinária prejudicada associado a infecção do trato urinário evidenciado por retenção urinária; Risco de aspiração associado a alimentação enteral e ao nível de consciência diminuído e Risco de queda associado à mobilidade prejudicada e a alteração na função cognitiva. Observou-se um reflexo da institucionalização da velhice em todos os problemas de saúde apresentados pela paciente, com déficit na higiene, alimentação, cuidado e supervisão adequados.
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