Abordagem multidisciplinar da infecção do trato urinário na mulher diabética: um estudo de caso

• Autor(a) principal: SOARES, Lisiane Ramos
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: COSTA, Camila Barbosa da, RAMOS, Vivian de Brito Formiga, VERCELINO, Rafael, LIMA, Tatiane da Costa
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/55055
• topic: Infecções urinárias; Diabetes Mellitus; Equipe multidisciplinar

A infecção do trato urinário (ITU) é caracterizada pela presença de microrganismos na urina, os patógenos mais comuns são as bactérias. Considerado como fator de risco independente para ocorrência e complicações de infecções em geral, o Diabetes Mellitus (DM) apresenta evidência clínica robusta na sua relação com a infecção urinária. Esse estudo de caso objetiva descrever os fatores de risco envolvidos na internação hospitalar de uma paciente diabética internada em um hospital geral na cidade de Porto Alegre/RS, por infecção do trato urinário. A metodologia é o estudo de caso e foi utilizada a coleta de dados através de histórico de enfermagem e anamnese. Paciente V. C. N, feminina, 49 anos, comerciária, separada, mora com sua filha única e procurou a emergência do hospital após sentir dor súbita e forte no espaço intercostal esquerdo. Conta que é sua primeira internação de emergência, antes da dor aguda forte que motivou a procura por uma emergência hospitalar, nunca percebeu qualquer outra alteração, sinal ou sintoma. Passou por avaliação médica e realizou exames laboratoriais e de imagem, culminando no diagnóstico de infecção do trato urinário superior. Iniciou então com tratamento medicamentoso e orientações da equipe multidisciplinar com relação aos hábitos urinários; esvaziamento da bexiga; fortalecimento do assoalho pélvico; frequência miccional; ingesta hídrica e controle da glicemia. A Diabetes Mellitus provoca no sistema imune uma resposta ineficiente aos agentes nocivos, o que explica uma maior taxa de bacteriúria assintomática em mulheres diabéticas e consequentemente um agravamento das infecções urinárias, além disso a urina residual colonizada está associada ao desenvolvimento de bacteriúria e infecção em pacientes diabéticas. O conhecimento destas infecções e a sua relação com as doenças crônicas assume maior importância por requererem frequentemente uma abordagem multidisciplinar.