Interferências culturais e socioeconômicas na saúde oral indígena brasileira

• Autor(a) principal: CORRÊA, Raylane Chota
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/57671
• topic: Índios sul-americanos; Saúde bucal indígena; Saúde indígena; Contato intercultural; Interculturalidade

A saúde oral sem dúvidas é de total importância para o bom equilíbrio da saúde do ser humano, com a população indígena não é diferente. No entanto, há diferenciação em certos pontos, como o cuidado e a maneira com que ela é abordada pelos órgãos do Sistema Único de Saúde. Este trabalho teve como objetivo geral conhecer a saúde indígena brasileira como um todo, bem como dar enfoque à saúde oral e às mudanças que sofreram com as interferências de povos não indígenas. O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma Revisão de Literatura, realizada nas bases de dados “Interdisciplinaridade na Atenção à Saúde de Povos Indígenas”, “Google acadêmico”, “SciElo” e “PubMed”, os termos de indexação usados foram: Índios Sul-americanos; Saúde Bucal Indígena; Saúde Indígena; Contato Intercultural; Interculturalidade. Este texto apresenta o contexto histórico dos indígenas, com a chegada dos Portugueses, onde eles obtiveram o primeiro contato com uma civilização diferente e costumes diferentes, o início da interferência cultural, também mostra o modelo de atenção à saúde indígena e como os órgãos governamentais se estruturaram para essa demanda, além disso, evidencia o perfil epidemiológico dessas populações, onde boa parte das doenças adquiridas pelos povos originários brasileiros foram resultados dos contatos e interferências de civilizações estrangeiras, por fim, apresenta a saúde oral indígena brasileira, as doenças bucais mais predominantes que surgiram ou ficaram mais evidentes com a introdução de alimentos fracos em nutrientes, que não faziam parte de sua dieta e a dificuldade de levar assistência e tratamento a esses povos. Conclui-se que o impacto dos aspectos socioeconômicos e interferências culturais de diferentes civilizações na saúde oral dos povos indígenas brasileiros é um problema que se arrasta desde o início da história do Brasil e que embora haja políticas públicas que tentam minimizar os malefícios causados por ele, muitas vezes não conseguem ser colocadas em prática.