A inconstitucionalidade da criminalização do aborto voluntário até a 12ª semana de gestação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientia – Repositório Institucional |
Texto Completo: | https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/37358 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo compreender a inconstitucionalidade da criminalização do aborto voluntário até a 12ª semana de gestação. Identificaram-se as hipóteses de crimes de aborto previstas em lei, os abortos considerados legais e os obstáculos ao seu acesso. Analisou-se o conflito entre os direitos constitucionais das mulheres e do nascituro, a proteção à vida do nascituro em face de princípios constitucionais, direitos fundamentais e humanos das mulheres, além da legitimidade do Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir sobre a descriminalização do aborto no primeiro trimestre de gestação. Abordou-se que o aborto é um problema de saúde pública e a criminalização viola o princípio da proporcionalidade, por ser um método ineficaz e inadequado de o Estado proteger o bem jurídico tutelado e reduzir o número de abortos. A pesquisa foi de caráter qualitativo e descritivo, utilizando-se a revisão de literatura a partir de fontes bibliográficas relacionadas ao tema, bem como pesquisa documental ao valer-se de leis, portarias e acórdãos. A partir das análises, constatou se que a proteção à vida do nascituro é menor que a de uma pessoa já nascida, aumenta conforme o avanço do desenvolvimento do feto e não é absoluta, por isso pode ser ponderada com direitos fundamentais das mulheres. A criminalização do aborto viola direitos fundamentais das mulheres, sendo os direitos sexuais e reprodutivos, o direito à integridade física e psíquica, à saúde, à autonomia, à liberdade de consciência e crença e à igualdade de gênero e os princípios constitucionais da laicidade do Estado e da proporcionalidade, além de gerar discriminação social e impacto desproporcional sobre mulheres pobres. Além disso, o STF tem legitimidade para decidir sobre a descriminalização do aborto voluntário até a 12ª semana de gestação. Por fim, a criminalização do aborto tem se mostrado um método ineficaz e desproporcional para solucionar esse problema de saúde pública. |
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A pesquisa foi de caráter qualitativo e descritivo, utilizando-se a revisão de literatura a partir de fontes bibliográficas relacionadas ao tema, bem como pesquisa documental ao valer-se de leis, portarias e acórdãos. A partir das análises, constatou se que a proteção à vida do nascituro é menor que a de uma pessoa já nascida, aumenta conforme o avanço do desenvolvimento do feto e não é absoluta, por isso pode ser ponderada com direitos fundamentais das mulheres. A criminalização do aborto viola direitos fundamentais das mulheres, sendo os direitos sexuais e reprodutivos, o direito à integridade física e psíquica, à saúde, à autonomia, à liberdade de consciência e crença e à igualdade de gênero e os princípios constitucionais da laicidade do Estado e da proporcionalidade, além de gerar discriminação social e impacto desproporcional sobre mulheres pobres. Além disso, o STF tem legitimidade para decidir sobre a descriminalização do aborto voluntário até a 12ª semana de gestação. 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