Cuidado e suporte emocional a mães de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA)

• Autor(a) principal: TORRES, Natalia Cristina
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/50809
• topic: Maternidade; Transtorno do espectro Autista; Saúde mental; Psicologia

O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica que teve como principal objetivo descrever a importância que se deve dar ao cuidado emocional e psíquico daquela que cuida, mais especificamente da mãe que exerce o papel de cuidadora do filho(a) diagnosticado com TEA – Transtorno do Espectro Autista, distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, e seu respectivo cuidado, que demanda esforços, recursos e disponibilidade de tempo muitas vezes de tempo integral. Os desafios encarados por essas mães são dos mais diversos, com obstáculos ainda mais diversos, principalmente quando essa mãe é de primeira viagem, que está ainda conhecendo a maternidade e não sabe o que esperar, ou aquela mãe que já tem a experiência da maternidade e percebe que algo está fora do esperado, quando seu filho demonstra alguns comportamentos que esta mãe não compreende, ou quando seu filho tem explosões de emoções totalmente desproporcionais em situações consideradas “inadequadas” para aquela determinada realidade, a mãe sente que algo está acontecendo e nesse momento o desconhecido é uma total escuridão. A mãe tem que continuar cuidando, lidando com o fato de não saber lidar com alguns comportamentos e lidando também com outras pessoas que pouco se importam com o sofrimento psíquico que tanto a mãe quanto a criança podem estar passando. Muitas vezes a mãe também não percebe que aqueles comportamentos desproporcionais indicam algo além de uma “birra”, situação que é facilmente identificada pela grande maioria das pessoas hoje em dia, quando se encontram com uma criança em completo desespero, jogada no chão, sem norte, sem conseguir escutar as chamadas de sua mãe: “- é birra!”. Tão facilmente as pessoas conseguem diagnosticar o momento de descontrole de uma criança qualquer que nitidamente não está bem, como “birra”, sem considerar qualquer contexto de vida que aquela criança está inserida. A vida dessa mãe muda, passa a frequentar menos os lugares que possam desencadear qualquer comportamento de desequilíbrio emocional em seu filho, pelo bem dele, tendo sua vida social afetada, passa a ter menos tempo para cuidar de si, afetando agora sua autoestima, devido à alta demanda de cuidados complexos, muitas vezes sem dormir direito, segue exausta, afetando diretamente sua vida conjugal, muitas mães abdicam-se da sua vida profissional e consequentemente sua independência financeira. Esquecem de si.