Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: uma análise acerca do uso indiscriminado de medicalização

• Autor(a) principal: ANDRADE, Luciana Conde
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/65326
• topic: Transtorno; Desatenção; Impulsividade; Hiperatividade; Tratamentos

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma patologia que desde seu surgimento e estudo obteve várias definições a fim de chegar a um diagnóstico preciso. Desde o início do XX até os dias atuais essa patologia perpassa em analisar o paciente nos quesitos do neurodesenvolvimento, definido por níveis prejudiciais de desatenção, impulsividade e hiperatividade, assim como a terapêutica ideal para tratar tal transtorno. Nesse ponto, estão o uso de cloridrato de metilfenidato e o dimesilato de lisdexanfetamina que por vezes podem parecer mais eficazes, ou serem os meios mais fácies, gerando o uso exacerbado e sem obtenção de tratamento eficaz. Trata-se de uma revisão de literatura, feita por meio de busca em artigos e livros, acerca do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o uso indiscriminado de remédios para essa patologia, tendo em vista o enfretamento exercido por pais e educadores. Este estudo teve como objetivo verificar os efeitos da medicalização indiscriminada no tratamento do TDAH e apontar possíveis tratamentos para além de medicamentos, identificando os pontos que determinam o diagnóstico preciso. O resultado obtido com a análise demonstrou que o uso de psicoestimulantes deve estar associado a tratamento psicoterapêutico, bem como deve-se investir em capacitação tanto de professores, quanto pais e todo aquele que esteja envolvido no tratamento do paciente diagnosticado com o referido transtorno. Essa discussão é corroborada pelo Estado que intervém para que se faça tratamentos para além do medicamentoso, já que o Brasil é o segundo maior consumidor do cloridato de metifenidato do mundo, indicando aumento de casos do transtorno devido ao excedido uso desse sem critérios precisos para o tratamento.