A Tecnologia Como Forma de Controle Burocrático: Uma Análise Crítica do Uso dos Sistemas de Segurança de Informática em uma. Empresa de Alta Tecnologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RAM. Revista de Administração Mackenzie |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712002000100079 |
Resumo: | RESUMO O objetivo deste artigo é exemplificar algumas das contradições e paradoxos atuais que envolvem a implantação de novas tecnologias em organizações que buscam tornar-se “informacionais”. Vivemos uma época de ambigüidades e dualidades porque a partir da transição do modelo industrial para o pós-industrial os papéis sociais foram sendo redefinidos. O que se espera dos indivíduos no ambiente de trabalho, os comportamentos considerados certos e errados, os perfis profissionais, todos estes elementos estão sendo questionados e revistos. Tais questionamentos geram os paradoxos, surgem conseqüências desejáveis e con-seqüências indesejáveis da ação gerencial em organizações burocráticas. Trata-se de um estudo exploratório de natureza qualitativa, tendo-se adotado o método do estudo de caso. A coleta e a análise dos dados compreendeu quatro fases utilizando a metodologia denominada grounded theory, que gerou uma teoria. Os dados primários coletados a partir de entrevistas semi-estruturadas foram analisados mediante a análise à luz do paradigma psicodinâmico, estudando-se as reações defensivas dos atores sociais à implantação de sistemas de segurança em informática a partir do uso da Internet como ferramenta de trabalho em uma empresa paranaense de alta tecnologia. De fato, estudos sobre processos cognitivos mostram que, a fim de atribuir sentido e compreender os sistemas complexos e ambíguos nos quais estão inseridos, os indivíduos têm a tendência a polarizar suas percepções em torno de elementos contraditórios e opostos. A partir disso, eles começam a agir em função desta percepção polarizada. Também foram analisados os paradoxos decorrentes deste processo e as formas de resistência organizacional encontradas, concluindo que a tecnologia pode ser utilizada como forma de controle burocrático nas organizações. |
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