Elementos Condicionantes para o Êxito de Bombardeios Aéreos: um estudo à luz da Primeira Guerra do Golfo e da Guerra de Kosovo

• Autor(a) principal: Ribeiro, Guilherme dos Santos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844979
• topic: Primeira Guerra do Golfo; Bombardeios estratégicos aéreos; Guerra de Kosovo; Defesa Nacional; Planejamento estratégico de defesa

O propósito da pesquisa é identificar se há elementos e características similares em bombardeios estratégicos aéreos realizados após a Segunda Guerra Mundial, especificamente na Primeira Guerra do Golfo (1990-1991) e na Guerra de Kosovo (1999), que permitam classificar alguns fatores como determinantes para que o bombardeio tenha êxito e para que seja preponderante para a obtenção da vitória num conflito. Tendo como arcabouço teórico o pensamento e as proposições de Giulio Douhet, Hugh Trenchard, John Warden e Robert Pape, analisou as ações de bombardeio aéreo realizadas na Primeira Guerra do Golfo e na Guerra de Kosovo. Confrontou as teorias dos estrategistas aéreos com os conflitos mencionados e comparou as características e circunstâncias dos bombardeios realizados nas duas guerras. Evidenciou que as características geográficas podem ser consideradas um elemento condicionante para o êxito das ofensivas aéreas. Concluiu, também, que a capacidade de defesa antiaérea do oponente pode ser considerada um fator condicionante apenas se for adotada uma abordagem mais ampla, que englobe, dentre outros itens, sua interação com o terreno e com o nível de adestramento dos militares para empregar tal sistema. A pesquisa indicou que os bombardeios estratégicos precisam ser realizados em condições muito específicas para, isoladamente, determinarem o encerramento do conflito. Na maioria das vezes, é necessária a conjugação do bombardeio aéreo com as ações das forças em terra para pôr fim à disputa bélica. As armas inteligentes, apesar de terem tornado mais eficientes os ataques aéreos, não conseguiram, até o presente momento, fazer com eles definam a guerra por si só.