Batalha do Atlântico (1939-1945): como a proteção ao tráfego marítimo britânico impediu a vitória dos U-boat.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Fabrício Dinelli Alves da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845048
Resumo: Esta monografia, realizada por meio de pesquisa exploratória, bibliográfica, documental e descritiva, com o uso de técnicas de abordagem indiretas, analisa se o emprego do sistema de comboios pelo Reino Unido durante a Batalha do Atlântico, na II GM, potencializou os resultados dos ataques dos U-boat (Unterseeboot), os submarinos alemães. Tais sistemas, tão antigos quanto o próprio comércio marítimo mediterrâneo, decorrem da necessidade de proteger os navios de comércio da cobiça adversária. E essa proteção mostrou-se fundamental para o Reino Unido frente à ofensiva naval da Alemanha nas duas grandes guerras do século XX. Alinhadas ao pensamento histórico de Mahan, à espera de um provável confronto decisivo no mar que pusesse a Esquadra inimiga de joelhos, ambos os Estados iniciaram tais conflitos apostando na força de seus navios de linha, desconsiderando o potencial que a arma submarina apresentava. Durante a Batalha do Atlântico na II GM, ao ter sua Esquadra impedida de sair em busca do tráfego marítimo inimigo, por conta do bloqueio naval britânico, a Alemanha viu-se novamente forçada a empregar, como na I GM, seus U-boat, alcançando grande êxito nos primeiros anos do conflito, mesmo com o sistema de comboios já implementado pelos britânicos. Contudo, ela não foi capaz de acompanhar o progresso tecnológico e industrial do Reino Unido e dos Estados Unidos da América, e as ações anti-submarinas acabaram por superar as ofensivas dos U-boat. Sendo assim, ao analisar as influências dos estrategistas navais Mahan e Corbett sobre as decisões de Reino Unido e Alemanha ao eclodir da batalha e suas ações em torno do tráfego marítimo ao longo dela, este trabalho demonstra que ao empregar o sistema de comboios, os britânicos contribuíram para o aumento dos afundamentos pelos U-boat por concentrarem alvos, que antes se viam espalhados na imensidão do oceano Atlântico, sem a proteção necessária. Somente em meados de 1943, após quatro anos de pesadas perdas, é que o progresso tecnológico pesaria definitivamente a favor dos aliados, com o surgimento de uma nova arma: o navio-aeródromo de escolta, com sua aviação embarcada.
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