Disputa hídrica entre China e India: a relação com o desenvolvimento do arsenal nuclear paquistanês.

• Autor(a) principal: Batista, Claudio Luiz Pereira
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844893
• topic: Estado do Paquistão; Conflito hídrico; China e Índia; Defesa Nacional

O objetivo da pesquisa é verificar se o Estado do Paquistão foi beneficiado com o conflito hídrico entre a China e a Índia, para o desenvolvimento do seu arsenal nuclear, entre as décadas de 1960 e 1990. Para tal, como desenho de pesquisa, utiliza-se a comparação entre a teoria e a realidade. Usam-se, como apoio teórico, os pensamentos de dois autores realistas: Hans Morgenthau, cujos elementos do poder nacional servem para explicar o interesse dos Estados pelo domínio da água e, assim, justificar os conflitos hídricos; e Henry Kissinger, que, no contexto da guerra fria, relata como se deu a diplomacia triangular de Nixon, sendo esta a base para que, neste trabalho, identifique-se um mecanismo semelhante nas relações entre a China, a Índia e o Paquistão. Após o embasamento teórico, abordam-se a importância dos recursos hídricos e as questões envolvendo a sua escassez, além dos conflitos motivados pela água, particularmente, entre os atores estatais estudados. Trata-se das relações regionais do Paquistão e da origem do seu armamento nuclear, expondo-se evidências do auxílio chinês ao Paquistão na construção do seu arsenal nuclear. Em seguida, procura-se responder à questão proposta, analisando-se os fatos sob a ótica dos aspectos teóricos abordados. Por fim, conclui-se que, em função dos conflitos hídricos entre a China e a Índia, o Paquistão realmente teve benefícios, recebendo ajuda chinesa para o desenvolvimento de suas armas nucleares.