Os Programas de Saúde e o Sistema de Saúde da Marinha (SSM): cirurgia segura na MB

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serra, César Aurélio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br:8080/pergamumweb/vinculos/000016/000016d9.pdf
http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/843447
Resumo: Cirurgia segura é parte integrante de um tema complexo e desafiador, conhecido pela denominação “assistência segura” ou “segurança do paciente”. Ess e assunto, por sua vez, atrai diversos segmentos de interessados, entre profissionais diretamente envolvidos na atividade assistencial de saúde; gestores hospitalares e de saúde pública; e os pacientes, que dela dependem, algumas vezes como recurso único, p ara sobrevivência ou alcance de melhor qualidade de vida. O argumento ganhou maior destaque no início deste século, a partir de um relatório intitulado “Errar é Humano”, elaborado por um importante grupo de pesquisadores de saúde nos Estados Unidos da Amér ica, que revelou, com base em revisões retrospectivas de prontuários, que um alarmante número de pacientes submetidos a cuidados de saúde naquele país havia sofrido danos, chamados de “eventos adversos”, provocados não pela doença que motivara sua internaç ão hospitalar, mas pela assistência de saúde prestada. Uma elevada taxa de mortalidade foi associada à ocorrência dessas falhas relacionadas à prestação de cuidados de saúde. Outro grave prejuízo associado aos eventos adversos demonstrados decorreu dos cus tos por eles gerados, seja pela dilatação do tempo de internação hospitalar, pelo tratamento de doenças e incapacidades resultantes, ou pelas questões litigiosas originadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS), entendendo a gravidade do assunto, iniciou u ma campanha voltada ao desenvolvimento de estratégias sistematizadas para identificação e prevenção de falhas nos processos de prestação de atenção à saúde e mitigação dos danos provocados ao paciente. No Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu o marco r egulatório sobre segurança do paciente no ano de 2013, por meio da Portaria n o 529, de 1 o de abril, complementada no mesmo ano pela Resolução n o 36, da ANVISA. A Marinha do Brasil (MB) cumpre o preconizado por ambas. O Sistema de Saúde da Marinha (SSM) ofe rece assistência a mais de 340.000 usuários. A cada ano, mais de 10.000 cirurgias são realizadas nas dependências de suas Organizações Militares Hospitalares (OMH), o que configura um potencial elevado para a ocorrência de eventos adversos, considerando - se que o erro é inerente a todos os processos que envolvam o fator humano. Com uma centenária e sólida cultura de segurança operacional e prevenção de acidentes aeronáuticos, a Aviação Naval da Marinha pode ser considerada um campo vasto de oportunidades par a o aperfeiçoamento das medidas de elevação no grau de segurança dos procedimentos cirúrgicos realizados no âmbito da MB. Por meio do aproveitamento de seus conceitos, podem - se reduzir e mitigar danos decorrentes de eventos adversos relacionados às cirurgi as, e contribuir, desse modo, para o aprimoramento do SSM.
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O argumento ganhou maior destaque no início deste século, a partir de um relatório intitulado “Errar é Humano”, elaborado por um importante grupo de pesquisadores de saúde nos Estados Unidos da Amér ica, que revelou, com base em revisões retrospectivas de prontuários, que um alarmante número de pacientes submetidos a cuidados de saúde naquele país havia sofrido danos, chamados de “eventos adversos”, provocados não pela doença que motivara sua internaç ão hospitalar, mas pela assistência de saúde prestada. Uma elevada taxa de mortalidade foi associada à ocorrência dessas falhas relacionadas à prestação de cuidados de saúde. Outro grave prejuízo associado aos eventos adversos demonstrados decorreu dos cus tos por eles gerados, seja pela dilatação do tempo de internação hospitalar, pelo tratamento de doenças e incapacidades resultantes, ou pelas questões litigiosas originadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS), entendendo a gravidade do assunto, iniciou u ma campanha voltada ao desenvolvimento de estratégias sistematizadas para identificação e prevenção de falhas nos processos de prestação de atenção à saúde e mitigação dos danos provocados ao paciente. No Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu o marco r egulatório sobre segurança do paciente no ano de 2013, por meio da Portaria n o 529, de 1 o de abril, complementada no mesmo ano pela Resolução n o 36, da ANVISA. A Marinha do Brasil (MB) cumpre o preconizado por ambas. O Sistema de Saúde da Marinha (SSM) ofe rece assistência a mais de 340.000 usuários. A cada ano, mais de 10.000 cirurgias são realizadas nas dependências de suas Organizações Militares Hospitalares (OMH), o que configura um potencial elevado para a ocorrência de eventos adversos, considerando - se que o erro é inerente a todos os processos que envolvam o fator humano. Com uma centenária e sólida cultura de segurança operacional e prevenção de acidentes aeronáuticos, a Aviação Naval da Marinha pode ser considerada um campo vasto de oportunidades par a o aperfeiçoamento das medidas de elevação no grau de segurança dos procedimentos cirúrgicos realizados no âmbito da MB. Por meio do aproveitamento de seus conceitos, podem - se reduzir e mitigar danos decorrentes de eventos adversos relacionados às cirurgi as, e contribuir, desse modo, para o aprimoramento do SSM.Safe surgery integrates a complex and challenging theme known as “safe health care ” or “patient safety”. On its turn, the theme arouses interest to those directly concerned with health assistance activities, hospital and public health management, as well as those patients relying on that procedure, which might account for their survival or better quality of lif e . The argument was enhanced at the turn of the twenty - first century, with a report entitled “To Err Is Human”, released by an important health research team in the USA. Based on retrospective reviews of patients’ records, it asserted that an alarming numb er of patients undergoing health care had been harmed by the so - called “adverse events”, resulting from the health assistance received, and not from the disease motivating their stay in hospital. High death rates were associated to those health care - relate d failures. An additional serious loss associated to adverse events stemmed from the costs they generated, whether by extended hospital stay, or by both treatment and resulting incapacities, or even by incoming litigious issues. In face of the serious conc ern with the theme, the World Health Organization (WHO) started a campaign enhancing the development of systematic strategies to identify and prevent failures along processes of health attention and mitigation of harms to the patient. In Brazil, the Healt h Ministry set up the regulating mark on patient safety in 2013 by means of Ministerial Ordinance no. 529 of April the 1 st , complemented by Resolution no. 36, by the National Agency of Sanitary Surveillance (ANVISA). The Brazilian Navy (BN) attends to the provisions in both. The Navy Health System (NHS ) provides assistance to over 340,000 users. Over 10,000 surgeries are performed within the premises of Hospital Military Organizations (HMO), a high potential figure to adverse events in view of the fact the errors are inherent to all processes involving human factors. With a sound centennial culture in operational safety and accident prevention, the Brazilian Naval Aviation can be regarded as a broad realm of opportunities to improve safety rates in surgerie s within the BN. By means of lending away its conceptual framework, it may ensure reduction and mitigation of harms resulting from adverse events in surgeries, and may therefore help the improvement of the NHS.porEscola de Guerra Naval (EGN)Cirurgia SegurançaPacientes SegurançaOs Programas de Saúde e o Sistema de Saúde da Marinha (SSM): cirurgia segura na MBinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBTEXT000016d9.pdf.txt000016d9.pdf.txtExtracted texttext/plain105987https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843447/2/000016d9.pdf.txtf00412911ec1543955a51648fc85ce6eMD52THUMBNAIL000016d9.pdf.jpg000016d9.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1148https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843447/3/000016d9.pdf.jpg5afcae13d740a60980c10724926f49acMD53ORIGINAL000016d9.pdf000016d9.pdfapplication/pdf1725789https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843447/1/000016d9.pdf68177614d95fdfb59853b3dc75755220MD51ripcmb/8434472022-09-23 17:13:55.103oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/843447Repositório InstitucionalPUBhttps://www.repositorio.mar.mil.br/oai/requestdphdm.repositorio@marinha.mil.bropendoar:2022-09-23T20:13:55Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)false
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