A estratégia naval da República Popular da China e sua influência no atlântico sul : desafios para a Marinha do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) |
Texto Completo: | https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845655 |
Resumo: | A República Popular da China vem crescendo economicamente e militarmente, reassumindo seu papel de liderança regional. Esse crescimento acelerado vem causando desequilíbrio de poder na região do Indo-Pacífico, principalmente no Mar do Sul da China e Mar da China Oriental, onde questões de legitimidade marítima histórica chinesa vêm causando disputas entre os países lindeiros. Os Estados Unidos da América, país que possui grande interesse comercial e estratégico na região, e seus aliados procuram frustrar as pretensões chinesas por meio de Operações de Liberdade de Navegação próximas às pretensões insulares desta, representando uma versão moderna da Guerra Fria do século passado. Adiciona-se a esse cenário a questão de Taiwan, pois a prioridade do governo chinês é a reunificação total da ilha, que há muitos anos fora separada do continente chinês, durante o infame “Século de Humilhação”. Esses fatores motivaram o grande investimento do governo de Xi Jinping nas Forças Armadas Chinesas, em especial, na marinha do Exército de Libertação Popular, que em 2020 superou a marinha estadunidense em quantidade de meios, mas que ainda está longe de alcançar a capacidade combativa dela. O crescimento econômico chinês, bem como a prosperidade e bem-estar proporcionados à sua população, dependem exclusivamente da manutenção de seu comércio exterior e do fluxo constante de matérias primas e combustíveis para suas empresas, e principalmente de alimentos ricos em proteínas, para complementar sua produção interna, destinada aos seus 1,4 bilhão de habitantes. A política da Inciativa do Cinturão e Rota, ou Nova Rota da Seda, lançada por Xi Jinping em 2013, procura manter por vias continentais e marítimas, o fluxo vital para escoar e trazer produtos e materiais para a China. A manutenção e segurança das Linhas de Comunicação Marítimas de interesses chineses passaram a ser prioridade para sua marinha, que realiza escolta do seu tráfego mercante desde 2008, entre o Mar Mediterrâneo, Golfo Pérsico e Estreito de Málaca, ao Mar do Sul da China. Conforme a necessidade de buscar matérias primas e commodities aumentaram, a República Popular da China intensificou, a partir de 1972, as relações comerciais com países latino-americanos e africanos, tornando-se a maior parceira comercial do Brasil. Com diversas empresas estatais chinesas das áreas de infraestrutura e de prospecção de petróleo atuando nos países do Atlântico Sul, a região tenderá a aumentar de importância para uma possível atuação da marinha chinesa, conforme os seus interesses sejam ameaçados. A Marinha do Brasil, com seu Plano Estratégico estimado para os próximos vinte anos, lista todas as possíveis ameaças à sua soberania sobre os 5,7 milhões de km² da sua Amazônia Azul, e todas as Estratégias Navais necessárias para fazer frente a elas |
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Kreniski Júnior, AlceuCláudio Marin Rodrigues2022-12-31T23:54:15Z2022-12-31T23:54:15Z2021https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845655A República Popular da China vem crescendo economicamente e militarmente, reassumindo seu papel de liderança regional. Esse crescimento acelerado vem causando desequilíbrio de poder na região do Indo-Pacífico, principalmente no Mar do Sul da China e Mar da China Oriental, onde questões de legitimidade marítima histórica chinesa vêm causando disputas entre os países lindeiros. Os Estados Unidos da América, país que possui grande interesse comercial e estratégico na região, e seus aliados procuram frustrar as pretensões chinesas por meio de Operações de Liberdade de Navegação próximas às pretensões insulares desta, representando uma versão moderna da Guerra Fria do século passado. Adiciona-se a esse cenário a questão de Taiwan, pois a prioridade do governo chinês é a reunificação total da ilha, que há muitos anos fora separada do continente chinês, durante o infame “Século de Humilhação”. Esses fatores motivaram o grande investimento do governo de Xi Jinping nas Forças Armadas Chinesas, em especial, na marinha do Exército de Libertação Popular, que em 2020 superou a marinha estadunidense em quantidade de meios, mas que ainda está longe de alcançar a capacidade combativa dela. O crescimento econômico chinês, bem como a prosperidade e bem-estar proporcionados à sua população, dependem exclusivamente da manutenção de seu comércio exterior e do fluxo constante de matérias primas e combustíveis para suas empresas, e principalmente de alimentos ricos em proteínas, para complementar sua produção interna, destinada aos seus 1,4 bilhão de habitantes. A política da Inciativa do Cinturão e Rota, ou Nova Rota da Seda, lançada por Xi Jinping em 2013, procura manter por vias continentais e marítimas, o fluxo vital para escoar e trazer produtos e materiais para a China. A manutenção e segurança das Linhas de Comunicação Marítimas de interesses chineses passaram a ser prioridade para sua marinha, que realiza escolta do seu tráfego mercante desde 2008, entre o Mar Mediterrâneo, Golfo Pérsico e Estreito de Málaca, ao Mar do Sul da China. Conforme a necessidade de buscar matérias primas e commodities aumentaram, a República Popular da China intensificou, a partir de 1972, as relações comerciais com países latino-americanos e africanos, tornando-se a maior parceira comercial do Brasil. Com diversas empresas estatais chinesas das áreas de infraestrutura e de prospecção de petróleo atuando nos países do Atlântico Sul, a região tenderá a aumentar de importância para uma possível atuação da marinha chinesa, conforme os seus interesses sejam ameaçados. A Marinha do Brasil, com seu Plano Estratégico estimado para os próximos vinte anos, lista todas as possíveis ameaças à sua soberania sobre os 5,7 milhões de km² da sua Amazônia Azul, e todas as Estratégias Navais necessárias para fazer frente a elasThe People's Republic of China has been growing economically and militarily, resuming its regional leadership role. This accelerated growth has been causing an imbalance of power in the Indo-Pacific region, mainly in the South China Sea and East China Sea, where issues of historical Chinese maritime legitimacy have been causing disputes among neighboring countries. The United States of America, a country that has great commercial and strategic interest in the region, and its allies, seek to frustrate Chinese pretensions through Freedom of Navigation Operations close to its insular pretensions, representing a modern version of the Cold War of the last century. Added to this scenario is the question of Taiwan, whose priority for the Chinese government is the complete reunification of the island, which had been separated from the Chinese mainland many years ago during the infamous “Century of Humiliation”. These factors motivated the large investment by the Xi Jinping government in the Chinese Armed Forces, particularly the People's Liberation Army navy, which in 2020 surpassed the United States Navy in terms of resources, but which is still far from reaching the U.S. NAVY capability for combat. Chinese economic growth, as well as the prosperity and well-being provided to its population, depends exclusively on maintaining its foreign trade and the constant flow of raw materials and fuels for its companies, and especially protein-rich foods, to complement its domestic production, aimed at 1.4 billion inhabitants. The policy of the Belt and Road Initiative, or New Silk Road, launched by Xi Jinping in 2013, seeks to maintain the vital flow to flow and bring products and materials to China through continental and maritime routes. The Chinese interests to maintenance and security of Sea Lines of Communication have become a priority for its navy, which has been carrying out escort operations for its merchant traffic since 2008, between the Mediterranean Sea, the Persian Gulf and the Strait of Malacca, to the South China Sea. As the need to look for raw materials and commodities increased, the People's Republic of China intensified, from 1972, trade relations with Latin American and African countries, becoming Brazil's biggest trading partner. With several Chinese state-owned companies in the areas of infrastructure and oil prospecting operating in the South Atlantic countries, this region will tend to increase in importance for a possible role for the Chinese navy, as its interests are threatened. The Brazilian Navy, with its Strategic Plan estimated for the next twenty years, lists all the possible threats to its sovereignty over the 5.7 million km² of its Blue Amazon, and all the naval strategies needed to face themEscola de Guerra Naval (EGN)Estratégia, estratégia marítima e estratégia navalAtlântico SulLinhas de Comunicação MarítimasMarinha do BrasilMarinha do Exército de Libertação PopularPlano EstratégicoA estratégia naval da República Popular da China e sua influência no atlântico sul : desafios para a Marinha do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBORIGINAL028 CPEM2021_TESEFINAL_KRENISKI.pdf028 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