A aplicação do ISM Code (International Safety Management Code) na marinha mercante

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Farlley Quintanilha
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/28983
Resumo: CIAGA:Monografia apresentada no 3º ano da EFOMM. A Marinha Mercante Brasileira sofreu grandes mudanças ao longo de sua história. Passou por períodos de ascensão, anos 70, por períodos de decadência, anos 80, também conhecida como década perdida, períodos de reestruturação, anos 90, até os dias atuais em expansão. Expansão esta muito contribuída pela indústria petrolífera, em ebulição pela camada do pré-sal. A indústria de transporte marítimo brasileira passa por um momento de forte expansão decorrente, entre outros fatores, de políticas governamentais que incentivam a construção, nos estaleiros nacionais, de navios para serem utilizados em apoio às atividades da indústria de óleo e gás. Ao mesmo tempo, para complementar a frota brasileira, as empresas petroleiras demandam a contratação de grande quantidade de navios estrangeiros para apoiar as suas operações. Segundo estudos encomendados pelo Sindicato dos Armadores, SYNDARMA, este quadro de crescimento da frota, observado, particularmente, nos últimos 10 anos, contrasta com a escassez de mão de obra qualificada para tripular as embarcações, de modo especial dos Oficiais da Marinha Mercante (OMM). Acentuando o contraste, o Conselho Nacional de Imigração editou a Resolução Normativa n° 72/2006 (RN 72), determinando às empresas de navegação, que operam barcos de bandeira estrangeira, a contratação de proporções mínimas de tripulantes brasileiros, após 90 dias contínuos de operação no país. Além disso, apontam que a taxa de evasão dos OMM, nos anos iniciais da carreira embarcada, é de cerca de trinta por cento. Por outro lado, o Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (SINDMAR) afirma que a RN 72 foi desenvolvida com o objetivo preservar a empregabilidade dos brasileiros diante da concorrência desleal com os estrangeiros. Por sua vez, a Diretoria de Portos e Costas (DPC) através da Superintendência de Ensino Profissional Marítimo, tem aumentado ano após ano o número de vagas para a formação de Oficiais da Marinha Mercante, além da criação de novos cursos formadores. Assim, o presente estudo, a partir de uma revisão bibliográfica acerca da história da Marinha Mercante brasileira, da cultura brasileira, da motivação, dos conflitos de interesses empregador-empregado, do trabalho em espaço confinado e da rotatividade, se desenvolveu em uma pesquisa exploratória e de campo, por meio de entrevistas pessoais, analisadas à luz da técnica da análise de conteúdo, com profissionais de reconhecida experiência com o tema, além de OMM, com o objetivo de identificar os fatores contribuintes para a contratação de mão de obra estrangeira ao invés de brasileira. Como resultado, o estudo mostrou que os agentes motivadores giram em torno do alto custo operacional da mão de obra nacional. Sejam eles pelos altos salários, alta carga tributária, regimes de embarques mais curtos.
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Ao mesmo tempo, para complementar a frota brasileira, as empresas petroleiras demandam a contratação de grande quantidade de navios estrangeiros para apoiar as suas operações. Segundo estudos encomendados pelo Sindicato dos Armadores, SYNDARMA, este quadro de crescimento da frota, observado, particularmente, nos últimos 10 anos, contrasta com a escassez de mão de obra qualificada para tripular as embarcações, de modo especial dos Oficiais da Marinha Mercante (OMM). Acentuando o contraste, o Conselho Nacional de Imigração editou a Resolução Normativa n° 72/2006 (RN 72), determinando às empresas de navegação, que operam barcos de bandeira estrangeira, a contratação de proporções mínimas de tripulantes brasileiros, após 90 dias contínuos de operação no país. Além disso, apontam que a taxa de evasão dos OMM, nos anos iniciais da carreira embarcada, é de cerca de trinta por cento. Por outro lado, o Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (SINDMAR) afirma que a RN 72 foi desenvolvida com o objetivo preservar a empregabilidade dos brasileiros diante da concorrência desleal com os estrangeiros. Por sua vez, a Diretoria de Portos e Costas (DPC) através da Superintendência de Ensino Profissional Marítimo, tem aumentado ano após ano o número de vagas para a formação de Oficiais da Marinha Mercante, além da criação de novos cursos formadores. Assim, o presente estudo, a partir de uma revisão bibliográfica acerca da história da Marinha Mercante brasileira, da cultura brasileira, da motivação, dos conflitos de interesses empregador-empregado, do trabalho em espaço confinado e da rotatividade, se desenvolveu em uma pesquisa exploratória e de campo, por meio de entrevistas pessoais, analisadas à luz da técnica da análise de conteúdo, com profissionais de reconhecida experiência com o tema, além de OMM, com o objetivo de identificar os fatores contribuintes para a contratação de mão de obra estrangeira ao invés de brasileira. Como resultado, o estudo mostrou que os agentes motivadores giram em torno do alto custo operacional da mão de obra nacional. Sejam eles pelos altos salários, alta carga tributária, regimes de embarques mais curtos.The Brazilian Merchant Marine suffered major changes throughout its history. Went through periods of ascent, 70 years for periods of decay, 80, also known as the lost decade, restructuring periods, 90 years, until today expanding. Expanding this very contributed by the oil industry, by boiling the pre-salt layer. The Brazilian shipping industry is going through a time of rapid expansion due, among other factors, government policies that encourage the construction in domestic shipyards, ships to be used to support activities in the oil and gas industry. At the same time, to complement the Brazilian fleet, oil companies demand the hiring of large numbers of foreign vessels to support its operations. According to studies commissioned by the Union of Shipowners, Syndarma, this picture of fleet growth, observed, particularly in the last 10 years, contrasts with the shortage of skilled labor to man the boats, especially the Merchant Navy Officers (WMO). Accentuating the contrast, the National Immigration Council issued Normative Resolution No. 72/2006 (RN 72), determining the shipping companies that operate foreign-flagged boats, hiring minimum proportions of Brazilian crew, after 90 days of continuous operation in the country. Also, point out that the dropout rate of WMO, in the early years of their careers embedded, is about thirty percent. On the other hand, the National Union of Merchant Navy Officers (SINDMAR) states that the RN 72 was developed in order to maintain the employability of Brazilians on the unfair competition with foreigners. In turn, the Directorate of Ports and Coasts (DPC) through the Superintendent of Maritime Professional Education, has increased year after year the number of vacancies for the training of Merchant Navy Officers, and the creation of new trainers courses. Thus, the present study, from a literature review on the history of the Brazilian Merchant Navy, the Brazilian culture, motivation, conflict of interest employer-employee, work in confined space and turnover, has developed into an exploratory research and field, through personal interviews, analyzed in light of the technique of content analysis, professionals with recognized expertise on the subject, besides OMM, with the aim of identifying factors contributing to the recruitment of foreign labor to rather than Brazilian. As a result, the study showed that the motivating agents revolve around the high operating cost of the national workforce. Whether by high wages, high taxes, shorter regimens shipments.porCentro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA)controle de avarias (navios de guerra)Segurança da Navegaçãotecnologia da segurança no marNavegação Medidas de segurançaNavioRegulamentos de SegurançaA aplicação do ISM Code (International Safety Management Code) na marinha mercanteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBTEXT0000069b.pdf.txt0000069b.pdf.txtExtracted texttext/plain72476https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/28983/3/0000069b.pdf.txt017473d4e45d187c10e9e00436dd0ef3MD53ORIGINAL0000069b.pdfapplication/pdf384280https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/28983/1/0000069b.pdf299de654d08cc8868db67cb60705c68dMD51THUMBNAIL0000069b.pdf.jpg0000069b.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1885https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/28983/2/0000069b.pdf.jpg86f216a464a024f28187359120684947MD52ripcmb/289832022-09-22 15:28:33.524oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/28983Repositório InstitucionalPUBhttps://www.repositorio.mar.mil.br/oai/requestdphdm.repositorio@marinha.mil.bropendoar:2022-09-22T18:28:33Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)false
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