A Geopolítica do Petróleo: A nova perspectiva brasileira. Reflexos para a Marinha do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) |
Texto Completo: | http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000007/00000742.pdf http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/451394 |
Resumo: | EGN:Orientador: Renato Petrocchi |
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Coelho, José Maurício Parreira2018-07-04T18:29:13Z2018-07-04T18:29:13Z2010http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000007/00000742.pdfhttp://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/451394EGN:Orientador: Renato PetrocchiMonografia apresentada à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Política e Estratégia Marítimas.Inclui bibliografia e índiceO petróleo, riqueza mineral de grande importância p ara o mundo, surgiu como produto de valor comercial a partir da segunda metade do sécul o XIX; desde então, impulsionado pela segunda revolução industrial, passou por uma evoluç ão de demanda acelerada. A primeira guerra mundial serviu de base de alavancagem para e ste aumento de demanda com o uso massivo de derivados do petróleo como combustível d as máquinas de guerra. O mundo passou a consumir cada vez mais combustíveis oriund os desta matriz energética, gerando uma dependência irreversível. Na segunda metade do século XX, o petróleo barato e com produção elevada incentivava o desenvolvimento até que, na década de 1970, os países do Oriente Médio, produtores de petróleo, resolveram a ssumir o controle e ditar as regras do jogo, com o intuito de passarem a regular os preços no mercado mundial, tendo como consequência as crises do petróleo, gerando inclusi ve a expectativa de falta deste produto no mercado mundial. Depois destes acontecimentos at é a atualidade os preços não mais se estabilizaram como antes e os países que dependem d esta fonte energética passaram a levar em consideração a necessidade de garantia de acesso às fontes de petróleo, elevando a importância deste precioso líquido, de fonte energé tica para ser também fonte de poder. No Brasil o petróleo passou a ter grande importância c om a campanha “O Petróleo é Nosso” e com a criação da Petrobras, em 1953. Começava a cam inhada em busca da auto-suficiência do petróleo. Em 1968 ocorreu a primeira descoberta de petróleo brasileiro no mar, no Campo de Guaricema, em Sergipe. Em 1984, foi descob erto o primeiro campo gigante do País, Albacora, na Bacia de Campos (RJ), atingindo- se uma meta de produção de 500 mil barris diários de petróleo. Em 1997, foi promulgada a Lei do Petróleo, caracterizando o fim do monopólio estatal sobre o petróleo, a partir des te marco histórico houve um grande desenvolvimento da indústria petrolífera no Brasil. Em 2006, foi anunciada a autossuficiência e em 2007, com a descoberta das re servas abaixo da camada pré-sal, o Brasil passou à situação de potencial grande export ador de petróleo e provável detentor de uma das maiores reservas do mundo. Este novo cenári o está impactando positivamente a economia e acabou por modificar a posição do Brasil em relação à Geopolítica Mundial do Petróleo. Devido às reservas se encontrarem a uma d istância considerável da costa, o corredor do Atlântico Sul, onde elas se encontram, passou a ter uma maior importância estratégica, gerando o aumento das preocupações das autoridades brasileiras com a segurança daquela região, onde a soberania brasilei ra tem que ser preservada e respeitada. Várias medidas, voltadas para o setor de defesa, fo ram adotadas, dentre elas a elaboração da Estratégia Nacional de Defesa, com várias ações voltadas a dar condições para a Marinha do Brasil cumprir a sua missão. Com isso, v ários foram os reflexos desta nova Geopolítica do petróleo para as Forças Armadas Bras ileiras, particularmente para a Marinha, que tem como tarefas básicas: controlar ár eas marítimas, projetar poder sobre terra, contribuir para a dissuasão estratégica e ne gar o uso do mar por possíveis forças antagônicas ao Brasil. O aumento das responsabilida des na defesa das Águas Jurisdicionais Brasileiras, o incremento do programa do submarino nuclear brasileiro e os investimentos no Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul são al guns dos principais reflexos desta nova realidade brasileira no que diz respeito à atu al Geopolítica do Petróleo.The oil, a mineral wealth of great importance to th e world, has emerged as a product of commercial value during the second half of the nine teenth century, since then, driven by the second industrial revolution has gone through an ev olution of accelerating demand. The First World War has served as a platform to leverage this increased demand with the massive use of oil as fuel for the war machines. The world has begun to consume more fuel from this energy matrix, creating an irreversible dependence. In the second half of the twentieth century, cheap oil and high production have encoura ged the development until, in the 1970s, the oil-producing countries from the Middle East ha ve decided to take control and dictate the rules of the game, with the aim of setting oil pric es in world markets, resulting in the oil crises, including the generation of the expected sh ortage of this product in the world market. From these events until today, oil prices have neve r stabilized in the pre-crisis levels and countries that depend on this energy source have to take into account the need to guarantee access to oil sources, bringing the importance of t his precious source of energy to also be a source of power. In Brazil, the oil has started to have great importance with the campaign "The Oil is Ours" and the completion of Petrobras i n 1953. Then began the quest for self- sufficiency in oil. In 1968 came the first oil disc overy offshore in Brazil, at the Guaricema field in Sergipe. In 1984 it was discovered the fir st giant field in the country, Albacora, at Campos Basin (RJ), totaling a production goal of 50 0,000 bpd. In 1997 the Petroleum Act was enacted, characterizing the end of state monopo ly on oil. From this landmark, the oil industry was largely developed in Brazil. In 2006 w as announced the country self-sufficiency and, in 2007, with the discovery of reserves below the pre-salt layer, Brazil became a potential major exporter of oil and is likely to po ssess one of the world's largest reserves. This new scenario is positively impacting the economy an d eventually will change Brazil's position in relation to the World Geopolitics of Oil. Becaus e of the reserves are at a considerable distance from shore, the corridor of the South Atla ntic, where they are located, came to have greater strategic importance, creating mounting con cerns of the Brazilian authorities with security in this region where Brazil's sovereignty has to be preserved and respected. Various measures, aimed at the defense sector, have been ad opted, among them the establishment of the National Defense Strategy, with several actions intended to give conditions for the Brazilian Navy to fulfill its mission. Consequently , there were several reflections of this new geopolitics of oil to the Brazilian Armed Forces, p articularly for the Navy's basic tasks: to control maritime areas, to project power over land, contribute to strategic deterrence and to deny the use of the sea to possible antagonistic fo rces. The growing responsibilities in defending the Brazilian waters, the increase of the Brazilian nuclear submarine program and investment in the Management System of Blue Amazon are among the main consequences of this new reality in Brazil with regard to the curre nt Geopolitics of Oil.porEscola de Guerra Naval (EGN)Brasil - fronteirasGeopolíticaBrasilGeopolíticaBrasilPetróleo DerivadosEstratégia MilitarA Geopolítica do Petróleo: A nova perspectiva brasileira. Reflexos para a Marinha do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBTEXT00000742.pdf.txt00000742.pdf.txtExtracted texttext/plain226954https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/451394/3/00000742.pdf.txtfd863615d45604ca25a833be95adad2cMD53ORIGINAL00000742.pdfapplication/pdf732087https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/451394/1/00000742.pdf4397564439de7fcafaa37c685994c0dfMD51THUMBNAIL00000742.pdf.jpg00000742.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1394https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/451394/2/00000742.pdf.jpg3996285daf26f367d7340e2ca5663b56MD52ripcmb/4513942022-09-23 17:57:17.257oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/451394Repositório InstitucionalPUBhttps://www.repositorio.mar.mil.br/oai/requestdphdm.repositorio@marinha.mil.bropendoar:2022-09-23T20:57:17Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)false |
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