A Integração da África Ocidental no pós-Guerra Fria (1989-2015): o papel da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental no gerenciamento dos conflitos regionais

• Autor(a) principal: Silva, Leandro Cesar Souza da
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844950
• topic: Pós-Guerra Fria; África Ocidental; Segunda Guerra Mundial; Defesa Nacional; Geopolítica

O propósito deste trabalho é verificar se a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) firmou-se como um instrumento capaz de gerenciar a segurança regional no período pós-Guerra Fria (1989-2015), promovendo a paz na região. Diante de um mundo globalizado, a relevância do tema reside na oportunidade de avaliar se este tipo de organização possui a capacidade de permitir relações autônomas entre Estados com diferentes níveis socioeconômicos. Com o fim da Guerra Fria, as relações internacionais transformaram-se, alterando as perspectivas de segurança mundiais. O abandono das regiões menos desenvolvidas, pelos principais atores globais, permitiu uma crescente regionalização em busca de integração e cooperação, proporcionando a formação de complexos regionais. No caso do oeste africano, a integração foi fundamentada, inicialmente, no estabelecimento de uma união econômica por meio da CEDEAO. No entanto, o ambiente de conflituosidade, característico da região, despertou o sentimento de que os objetivos de integração só seriam alcançados quando reinasse a estabilidade local, demandando que a organização passasse a intervir em assuntos securitários. Desta forma, por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, apresenta-se um breve relato da conjuntura regional, à luz de aspectos históricos e geopolíticos, que ao ser contextualizada com a teoria dos Complexos Regionais de Segurança, permitiu o exame da evolução do papel da CEDEAO em dois conflitos distintos: a Primeira Guerra Civil da Libéria (1989-1996) e a revolta tuaregue no Mali (2012-2013). Após inter-relacionar a teoria com os dados e evidências, conclui-se que a organização consolidou-se como um mecanismo viável e capaz de atuar em prol da integração e da estabilidade regionais e, sobretudo, como um instrumento positivo para o incremento da regionalização da segurança na África Ocidental.