Singularidades da aviação naval de interceptação e ataque operando de terra: lições da Guerra das Malvinas.

• Autor(a) principal: Andrade Junior, Manoel
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845643
• topic: Guerra das Malvinas; Super Étendard; Exocet; Poder Aéreo; Aviação Naval

Recentemente se desenrolou o único conflito militar contemporâneo, sobre o qual se dispõe de estudos acerca da influência da aviação em um teatro de operações marítimo. Portanto, o propósito da pesquisa é realizar uma comparação entre as características de operação, os sistemas de armas, o treinamento e os resultados obtidos pelas aeronaves de interceptação e ataque da Força Aérea Argentina e da Armada da República Argentina, com o foco nas singularidades observadas. No Conflito das Malvinas (1982), a ameaça representada pelos submarinos britânicos impediu que os navios da Armada da República Argentina participassem das ações de guerra. Neste contexto, a aviação naval passou a operar a partir de terra e, em conjunto com as aeronaves da Força Aérea Argentina, constituiu uma das poucas ferramentas disponíveis para a proteção das Ilhas Malvinas contra a Força-Tarefa Britânica, enviada para retomá-las. Essa situação particular fez com que a guerra aérea desenvolvida naquele conflito seja considerada por muitos autores apenas um episódio encenado por aeronaves, sem distinguir as forças que as operaram e, consequentemente, suas peculiaridades e contribuições para o conflito. Desta forma, surge o questionamento sobre quais eram as singularidades operacionais das aeronaves de interceptação e ataque empregadas pela Força Aérea e Aviação Naval Argentinas, mormente de seus sistemas de armas, do treinamento de seus pilotos e dos resultados obtidos por aquelas forças singulares durante a guerra. Esta comparação objetiva identificar fatos ou evidências que permitam uma visão mais clara da campanha aérea desenvolvida no Atlântico Sul e da possível degradação da operação de aeronaves navais baseadas em terra em operações de ataque a alvos navais. Ademais, o resultado da comparação e as evidências apresentadas têm o potencial de suscitar reflexões para o pensamento estratégico da Marinha do Brasil sobre a efetividade da operação de suas aeronaves de asa fixa, a partir de terra, na proteção de nossa área marítima e ilhas oceânicas.