A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arueira, Gustavo Henrique Schneider
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845720
Resumo: O Direito Internacional distingue o Direito à Guerra ou Jus ad Bellum, o qual, regula o uso da força nas disputas entre os Estados, do Direito na Guerra ou Jus in Bello, que define normas que limitam os métodos e meios de guerra, bem como regras para protegerem as pessoas afetadas por conflitos armados. De acordo o Princípio da Separação, uma violação do Jus in Bello não justifica uma violação ao Jus ad Bellum e vice-versa. No caso em estudo, como resposta as violações aos Direitos Humanos e ao Direito Internacional Humanitário (DIH), durante a guerra civil da Líbia em 2011, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), referenciado na doutrina de Responsabilidade de Proteger (R2P), autorizou o emprego da força pelos Estados Partes. Contudo as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), durante a intervenção militar para proteger civis líbios, foram alvo de críticas relacionadas a possíveis violações da soberania líbia e descumprimentos de normas do DIH. Nesse contexto, ressalta-se ainda que o descumprimento do Princípio da Separação pode ocasionar dificuldades ou falhas na proteção dos indivíduos durante conflitos armados e também no processo de regulação do uso da força nas relações internacionais. Devido a esse risco foi realizada um estudo analítico a fim de examinar as potenciais descontinuidades ou rupturas nesse princípio e as possíveis consequências para a aplicação do DIH. Foram estudadas tanto a Operação Unified Protector, como as resoluções do CSNU que autorizaram essa operação. Além disso, conceitos do Direito Internacional foram apresentados de modo a orientar a análise dos estudos realizados. Com base nas evidências observadas concluiu-se que ocorreu descontinuidade no Princípio da Separação, entre o Jus in Bello e o Jus ad Bellum, e que esse fato influenciou negativamente na implementação da norma de R2P em situações posteriores.
id MB_823c9acce06b86d36bbae824be63ba7d
oai_identifier_str oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/845720
network_acronym_str MB
network_name_str Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
repository_id_str
spelling Arueira, Gustavo Henrique SchneiderPinto, José Carlos2023-01-11T11:38:58Z2023-01-11T11:38:58Z2021https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845720O Direito Internacional distingue o Direito à Guerra ou Jus ad Bellum, o qual, regula o uso da força nas disputas entre os Estados, do Direito na Guerra ou Jus in Bello, que define normas que limitam os métodos e meios de guerra, bem como regras para protegerem as pessoas afetadas por conflitos armados. De acordo o Princípio da Separação, uma violação do Jus in Bello não justifica uma violação ao Jus ad Bellum e vice-versa. No caso em estudo, como resposta as violações aos Direitos Humanos e ao Direito Internacional Humanitário (DIH), durante a guerra civil da Líbia em 2011, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), referenciado na doutrina de Responsabilidade de Proteger (R2P), autorizou o emprego da força pelos Estados Partes. Contudo as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), durante a intervenção militar para proteger civis líbios, foram alvo de críticas relacionadas a possíveis violações da soberania líbia e descumprimentos de normas do DIH. Nesse contexto, ressalta-se ainda que o descumprimento do Princípio da Separação pode ocasionar dificuldades ou falhas na proteção dos indivíduos durante conflitos armados e também no processo de regulação do uso da força nas relações internacionais. Devido a esse risco foi realizada um estudo analítico a fim de examinar as potenciais descontinuidades ou rupturas nesse princípio e as possíveis consequências para a aplicação do DIH. Foram estudadas tanto a Operação Unified Protector, como as resoluções do CSNU que autorizaram essa operação. Além disso, conceitos do Direito Internacional foram apresentados de modo a orientar a análise dos estudos realizados. Com base nas evidências observadas concluiu-se que ocorreu descontinuidade no Princípio da Separação, entre o Jus in Bello e o Jus ad Bellum, e que esse fato influenciou negativamente na implementação da norma de R2P em situações posteriores.Apresentado à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para conclusão do Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores (C-EMOS 2021).Escola de Guerra Naval (EGN)Direito internacional humanitárioDireito InternacionalJus ad BellumJus in BelloOperação Unified ProtectorResponsabilidade de ProtegerA soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerrainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBORIGINALCEMOS2021_SCHNEIDER.pdfCEMOS2021_SCHNEIDER.pdfapplication/pdf629512https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/845720/1/CEMOS2021_SCHNEIDER.pdf7db37a66500f9e444b8c429d8847f16eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83272https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/845720/2/license.txt8ff7ce654d5215cee2106f3e3b7eb37fMD52TEXTCEMOS2021_SCHNEIDER.pdf.txtCEMOS2021_SCHNEIDER.pdf.txtExtracted texttext/plain99591https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/845720/3/CEMOS2021_SCHNEIDER.pdf.txtf0e2b5fd56fa7c5e8f1b96a3cda1c88eMD53THUMBNAILCEMOS2021_SCHNEIDER.pdf.jpgCEMOS2021_SCHNEIDER.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1110https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/845720/4/CEMOS2021_SCHNEIDER.pdf.jpg4bbbb6b6f7491280dc61e33d220a148cMD54ripcmb/8457202023-05-12 10:24:36.971oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/845720QW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIFNyLiBhdXRvcihlcykgb3UgdGl0dWxhcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIG9icmEgYXF1aSBkZXNjcml0YSAgIGNvbmNlZGUobSkgICDDoCAgIE1BUklOSEEgIERPICAgQlJBU0lMLCAgIGdlc3RvcmEgICBkYSAgUmVkZSAgIEJJTSAgIGUgICBkbyAgIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIE1hcmluaGEgZG8gQnJhc2lsIChSSS1NQiksIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCBjb252ZXJ0ZXIgKGNvbW8gZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZGVwb3NpdGFkbyBlbSBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvLCBlbGV0csO0bmljbyBvdSBlbSBxdWFscXVlciBvdXRybyBtZWlvLiBPIFNyKHMpIGNvbmNvcmRhKG0pIHF1ZSBhIE1BUklOSEEgRE8gQlJBU0lMLCBnZXN0b3JhIGRhIFJlZGUgQklNIGUgZG8gUkktTUIsIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCBjb252ZXJ0ZXIgbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4gTyAgU3IocykgIHRhbWLDqW0gIGNvbmNvcmRhKG0pICBxdWUgIGEgIE1BUklOSEEgIERPICBCUkFTSUwsICBnZXN0b3JhICBkYSAgUmVkZSAgQklNICBlICBkbyAgUkktTUIsICBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGVzdGUgZGVww7NzaXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUvb3UgcHJlc2VydmHDp8Ojby5PICBTcihzKSAgZGVjbGFyYShtKSAgcXVlICBhICBhcHJlc2VudGHDp8OjbyAgZG8gIHNldSAgdHJhYmFsaG8gIMOpICBvcmlnaW5hbCAgZSAgcXVlICBvICBTcihzKSAgcG9kZShtKSAgY29uY2VkZXIgIG9zICBkaXJlaXRvcyAgY29udGlkb3MgIG5lc3RhICBsaWNlbsOnYS4gIE8gIFNyKHMpICB0YW1iw6ltICBkZWNsYXJhKG0pICBxdWUgIG8gIGVudmlvICDDqSAgZGUgIHNldSAgY29uaGVjaW1lbnRvICBlICBuw6NvICBpbmZyaW5nZSAgb3MgIGRpcmVpdG9zICBhdXRvcmFpcyAgZGUgIG91dHJhICBwZXNzb2EgIG91ICBpbnN0aXR1acOnw6NvLiAgQ2FzbyAgbyAgZG9jdW1lbnRvICBhICBzZXIgIGRlcG9zaXRhZG8gIGNvbnRlbmhhICBtYXRlcmlhbCAgcGFyYSAgbyAgcXVhbCAgbyAgU3IocykgIG7Do28gIGRldMOpbSAgYSAgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcmFpcywgbyBTcihzKSBkZWNsYXJhKG0pIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgY29uY2VkZXIgw6AgTUFSSU5IQSBETyBCUkFTSUwsIGdlc3RvcmEgZGEgUmVkZSBCSU0gZSBkbyBSSS1NQiwgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBvcyBtYXRlcmlhaXMgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zLCBlc3TDo28gZGV2aWRhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvcyBlIHJlY29uaGVjaWRvcyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28uIENBU08gIE8gIFRSQUJBTEhPICBERVBPU0lUQURPICBURU5IQSAgU0lETyAgRklOQU5DSUFETyAgT1UgIEFQT0lBRE8gIFBPUiAgVU0gIMOTUkfDg08sICBRVUUgIE7Dg08gIEEgIElOU1RJVFVJw4fDg08gIERFU1RFICBSRVNQT1NJVMOTUklPOiAgTyAgU1IgIERFQ0xBUkEgIFRFUiAgQ1VNUFJJRE8gVE9ET1MgT1MgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gRSBRVUFJU1FVRVIgT1VUUkFTIE9CUklHQcOHw5VFUyBSRVFVRVJJREFTIFBFTE8gQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLk8gICAgU3IocykgICAgY29uY29yZGEobSkgICAgY29tICAgIGEgICAgTGljZW7Dp2EgICAgQ3JlYXRpdmUgICAgQ29tbW9ucyAgICBhZG90YWRhICAgIHBhcmEgICAgZXN0ZSAgICBSZXBvc2l0w7NyaW8gICAgSW5zdGl0dWNpb25hbCAgICBxdWUgICAgY29uY2VkZSAgICBvICAgIGRpcmVpdG8gICAgZGUgICAgQ09NUEFSVElMSEFSICAgIGUgICAgYXMgICAgcmVzdHJpw6fDtWVzICAgIGRlICAgIEFUUklCVUnDh8ODTywgICAgTsODTyAgICBDT01FUkNJQUxJWkHDh8ODTyAgICBFICAgIFNFTSAgICBERVJJVkHDh8OVRVMuQ09NUEFSVElMSEFSOiAgY29waWFyICBlICByZWRpc3RyaWJ1aXIgIG8gIG1hdGVyaWFsICBlbSAgcXVhbHF1ZXIgIHN1cG9ydGUgIG91ICBmb3JtYXRvICBlICBvICBsaWNlbmNpYW50ZSBuw6NvIHBvZGUgcmV2b2dhciBlc3RlcyBkaXJlaXRvcyBkZXNkZSBxdWUgbyBTcihzKSByZXNwZWl0ZShtKSBvcyB0ZXJtb3MgZGEgbGljZW7Dp2EuQVRSSUJVScOHw4NPOiAgbyAgU3IocykgIGRldmUobSkgIGRhciAgbyAgY3LDqWRpdG8gIGFwcm9wcmlhZG8sICBwcm92ZXIgIHVtICBsaW5rICBwYXJhICBhICBsaWNlbsOnYSAgZSAgaW5kaWNhciAgc2UgIG11ZGFuw6dhcyAgZm9yYW0gIGZlaXRhcy4gIE8gIFNyKHMpICBkZXZlKG0pICBmYXrDqi1sbyAgZW0gIHF1YWxxdWVyICBjaXJjdW5zdMOibmNpYSByYXpvw6F2ZWwsIG1hcyBkZSBtYW5laXJhIGFsZ3VtYSBxdWUgc3VnaXJhIGFvIGxpY2VuY2lhbnRlIGEgYXBvaWFyIG8gU3Iocykgb3UgbyBzZXUgdXNvLk7Dg08gQ09NRVJDSUFMOiBvIFNyKHMpIG7Do28gcG9kZShtKSB1c2FyIG8gbWF0ZXJpYWwgcGFyYSBmaW5zIGNvbWVyY2lhaXMuU0VNIERFUklWQcOHw5VFUzogc2UgbyBTcihzKSByZW1peGFyKGVtKSwgdHJhbnNmb3JtYXIoZW0pIG91IGNyaWFyKGVtKSBhIHBhcnRpciBkbyBtYXRlcmlhbCwgbyBTcihzKSBuw6NvIHBvZGUobSkgZGlzdHJpYnVpciBvIG1hdGVyaWFsIG1vZGlmaWNhZG8uU0VNIFJFU1RSScOHw5VFUyBBRElDSU9OQUlTOiBvIFNyKHMpIG7Do28gcG9kZShtKSBhcGxpY2FyIHRlcm1vcyBqdXLDrWRpY29zIG91IG1lZGlkYXMgZGUgY2Fyw6F0ZXIgdGVjbm9sw7NnaWNvIHF1ZSByZXN0cmluamFtIGxlZ2FsbWVudGUgb3V0cm9zIGRlIGZhemVyZW0gYWxnbyBxdWUgYSBsaWNlbsOnYSBwZXJtaXRhLkEgUmVkZSBCSU0gZSBvIFJJLU1CIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gYXV0b3IoZXMpIG91IHRpdHVsYXIoZXMpIGRvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3IoZXMpIGRvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gZSBkZWNsYXJhIHF1ZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvIGFsw6ltIGRhcyBwZXJtaXRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.repositorio.mar.mil.br/oai/requestdphdm.repositorio@marinha.mil.bropendoar:2023-05-12T13:24:36Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra
title A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra
spellingShingle A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra
Arueira, Gustavo Henrique Schneider
Direito Internacional
Jus ad Bellum
Jus in Bello
Operação Unified Protector
Responsabilidade de Proteger
Direito internacional humanitário
title_short A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra
title_full A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra
title_fullStr A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra
title_full_unstemmed A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra
title_sort A soberania dos direitos: a responsabilidade de proteger e o direito à guerra
author Arueira, Gustavo Henrique Schneider
author_facet Arueira, Gustavo Henrique Schneider
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Arueira, Gustavo Henrique Schneider
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Pinto, José Carlos
contributor_str_mv Pinto, José Carlos
dc.subject.por.fl_str_mv Direito Internacional
Jus ad Bellum
Jus in Bello
Operação Unified Protector
Responsabilidade de Proteger
topic Direito Internacional
Jus ad Bellum
Jus in Bello
Operação Unified Protector
Responsabilidade de Proteger
Direito internacional humanitário
dc.subject.dgpm.pt_BR.fl_str_mv Direito internacional humanitário
description O Direito Internacional distingue o Direito à Guerra ou Jus ad Bellum, o qual, regula o uso da força nas disputas entre os Estados, do Direito na Guerra ou Jus in Bello, que define normas que limitam os métodos e meios de guerra, bem como regras para protegerem as pessoas afetadas por conflitos armados. De acordo o Princípio da Separação, uma violação do Jus in Bello não justifica uma violação ao Jus ad Bellum e vice-versa. No caso em estudo, como resposta as violações aos Direitos Humanos e ao Direito Internacional Humanitário (DIH), durante a guerra civil da Líbia em 2011, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), referenciado na doutrina de Responsabilidade de Proteger (R2P), autorizou o emprego da força pelos Estados Partes. Contudo as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), durante a intervenção militar para proteger civis líbios, foram alvo de críticas relacionadas a possíveis violações da soberania líbia e descumprimentos de normas do DIH. Nesse contexto, ressalta-se ainda que o descumprimento do Princípio da Separação pode ocasionar dificuldades ou falhas na proteção dos indivíduos durante conflitos armados e também no processo de regulação do uso da força nas relações internacionais. Devido a esse risco foi realizada um estudo analítico a fim de examinar as potenciais descontinuidades ou rupturas nesse princípio e as possíveis consequências para a aplicação do DIH. Foram estudadas tanto a Operação Unified Protector, como as resoluções do CSNU que autorizaram essa operação. Além disso, conceitos do Direito Internacional foram apresentados de modo a orientar a análise dos estudos realizados. Com base nas evidências observadas concluiu-se que ocorreu descontinuidade no Princípio da Separação, entre o Jus in Bello e o Jus ad Bellum, e que esse fato influenciou negativamente na implementação da norma de R2P em situações posteriores.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-01-11T11:38:58Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-01-11T11:38:58Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845720
url https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845720
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Escola de Guerra Naval (EGN)
publisher.none.fl_str_mv Escola de Guerra Naval (EGN)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
instname:Marinha do Brasil (MB)
instacron:MB
instname_str Marinha do Brasil (MB)
instacron_str MB
institution MB
reponame_str Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
collection Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/845720/1/CEMOS2021_SCHNEIDER.pdf
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/845720/2/license.txt
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/845720/3/CEMOS2021_SCHNEIDER.pdf.txt
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/845720/4/CEMOS2021_SCHNEIDER.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 7db37a66500f9e444b8c429d8847f16e
8ff7ce654d5215cee2106f3e3b7eb37f
f0e2b5fd56fa7c5e8f1b96a3cda1c88e
4bbbb6b6f7491280dc61e33d220a148c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)
repository.mail.fl_str_mv dphdm.repositorio@marinha.mil.br
_version_ 1798310235725627392