Da previsão ao preparo: a construção da antifragilidade russa do fim da guerra fria até a intervenção na Geórgia

• Autor(a) principal: Pessanha, Carlos Eduardo Nunes
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845667
• topic: Incerteza; Aleatoriedade; Antifragilidade; Preparo; Planejamento; Processos decisórios

O propósito da pesquisa é avaliar a aderência da teoria da antifragilidade, concebida pelo escritor e financista estadunidense Nassim Nicholas Taleb (1960-) como instrumento de apoio à decisão. Para alcançar tal intento, planejamos uma pesquisa baseada na leitura investigativa acerca da bibliografia voltada à antifragilidade, buscando confrontar a teoria com uma realidade específica. O propósito será perseguido pelo esforço de responder a seguinte questão: a sequência de eventos ocorridos na história da Rússia desde o final da Guerra Fria até a decisão de invadir a Geórgia, em 2008, teve aderência à teoria da antifragilidade? Para tanto, focamos na relevância da postura antifrágil e na oportunidade de aprimorar o processo decisório, ante a rapidez de resposta exigida em um cenário de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, as quais são características marcantes do mundo atual. Assim sendo, avaliamos a aderência da teoria, segundo os eventos que culminaram na guerra russogeorgiana de 2008, após reflexões acerca dos principais fatos históricos vivenciados pela Rússia desde o final da Guerra Fria (1947-1989) até a intervenção na Geórgia. Com efeito, baseado na teoria, concluímos que a trajetória russa no intervalo de tempo considerado permite interpor ricas conclusões acerca do pensamento crítico voltado à temática da antifragilidade, ainda pouco explorada na literatura brasileira. A pesquisa sugere ainda a importância do preparo continuado, com foco no momento presente, a fim de superar as incertezas futuras e que há vantagens na exposição aos riscos de forma controlada, utilizando o conhecimento de eventos passados, por meio de lições aprendidas, para agir com clareza e de forma competente, ampliando as possibilidades de sucesso, ao mesmo tempo em que são mitigadas as chances de fracasso.