O plano estratégico da Marinha do Brasil e o combate pelo mar: conexões com a Manutenção da Boa Ordem no Mar segundo Geoffrey Till

• Autor(a) principal: Ferreira Filho, Alberto
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846080
• topic: Poder Marítimo; Proteção Marítima; Segurança Marítima; Estratégia, estratégia marítima e estratégia naval

O objetivo desta dissertação é analisar o planejamento estratégico da Marinha do Brasil e a sua implementação, no que se refere à tarefa da proteção marítima. Empregando como referências os conceitos e proposições de Geoffrey Till sobre o Poder Marítimo e a tarefa de Manutenção da Boa Ordem no Mar, identifica e analisa, por meio de um estudo sintético, os seus principais pontos de conexão com o Plano Estratégico da Marinha do Brasil (PEM 2040) e ações decorrentes. Percebe-se então, que a Marinha do Brasil apresenta uma visão do Poder Marítimo brasileiro alinhada ao proposto por Till, baseada nos seus inputs e outputs, e com ênfase no seu impacto sobre as diversas expressões do Poder Nacional, principalmente a econômica. Ainda nesse contexto, é possível observar como a Marinha do Brasil busca impulsionar o ciclo virtuoso marítimo, atuando simultaneamente na evolução dos ativos marítimos e no desenvolvimento do seu Poder Naval. No que se refere à proteção marítima, identifica um aumento da importância dada ao assunto, por meio do desenvolvimento do conceito estratégico marítimo-naval do “Combate pelo Mar”, além de uma tendência em exercê-la de maneira mais inclusiva, coincidente com as características das marinhas pós- modernas, segundo Geoffrey Till. Sendo assim, a Marinha do Brasil volta-se para as características de interoperabilidade e interagências da proteção marítima, e busca uma maior interação e colaboração com outras marinhas e agências internacionais, em prol do intercâmbio de informações. É possível também identificar a atuação sobre a dimensão geopolítica da segurança marítima, na qual a marinha busca uma oportunidade para exercitar a Diplomacia Naval, projetando o Poder Nacional, em uma abordagem colaborativa, nas áreas marítimas de interesse e junto aos Estados adjacentes ao entorno estratégico brasileiro.