A instrumentalização do Poder Naval pela política externa brasileira: a busca pela projeção nacional por meio da Diplomacia Naval
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845236 |
Resumo: | O propósito deste trabalho é demonstrar que as ações das forças navais, sejam elas em apoio às ações humanitárias ou em manobras multilaterais, são repertório à disposição da política externa de um Estado, o qual lança mão da Diplomacia Naval para atingir seus objetivos. Assim, esta pesquisa será apoiada no referencial teórico de um modelo contemporâneo de emprego das Marinhas, em três missões básicas, com o qual confrontaremos a condução brasileira à frente da Força-Tarefa Marítima da UNIFIL, no período compreendido entre os anos de 2011 e 2020. O modelo teórico selecionado é uma versão atualizada por James R. Holmes do esquema desenvolvido, inicialmente em 1977, por Ken Booth, no seu livro Navies and Foreign Policy. Segundo Holmes (2013), o emprego de uma Marinha, quer em atividades de segurança marítima (policiais), quer em ações navais tradicionais, sempre ocorrerá a partir de um anseio político que pretende alcançar objetivos políticos. O desenho de pesquisa escolhido foi a comparação da teoria com a realidade. Por meio desse confronto, concluiu-se que, ao liderar missão peculiar (única de caráter naval sob a égide da Organização das Nações Unidas), houve resultados positivos não só para a Marinha do Brasil, mas sobretudo para projeção do Brasil no cenário internacional. Tal projeção coaduna com, e reforça, a possibilidade de obtenção de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A pesquisa indicou, ainda, que houve aumento de influência do Brasil na região do Oriente Médio, ratificada pelo convite para liderar uma possível missão de manutenção da paz na Síria e para comandar a FT 151, em 2021, no Bahrein. Por fim, o trabalho sugere que, a despeito de todas as dificuldades encontradas pela força naval brasileira, o envolvimento do Brasil na missão trouxe uma experiência profissional que só é alcançada no exercício das atividades operativas. Essa experiência proporcionou ensinamentos de considerável valor para a Marinha do Brasil e o para o setor de Defesa do Brasil. A atualização de doutrinas e o aperfeiçoamento tático com base na experiência obtida no Líbano, junto aos estados-membros da UNIFIL, especialmente os da Organização do Tratado do Atlântico Norte, são alguns exemplos. |
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