Quando preferimos ‘intuir’ ao invés de ‘deduzir’ – como tornar-se leitor de Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hardt, Lúcia Schneider
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Botelho, Danilo José Scalla
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Comunicações
Texto Completo: https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/comunicacoes/article/view/2009
Resumo: Este artigo experimenta uma leitura não-conceitual (no sentido aristotélico de ‘conceito’) de Nietzsche: convoca um leitor que não deduz, intui. Nessa perspectiva, a consciência, a razão e o ‘eu’ perdem sua soberania interpretativa; o logos ontológico, buscando no significado a essência, também não mais predomina. Sem tais referências exegéticas como guia, a preferência pelo ‘intuir’ toma como fios condutores o corpo, em sua dinâmica múltipla e capacidade de incorporação, e o logos sofista, em sua recusa do ‘ser’ e do ‘conhecer’ racionais. Ganham lugar, agora, nesse viés hermenêutico: a surpresa do desconhecido em vez da certeza do conhecido; a fluidez dos afetos em vez da fixidez do conceito; as nuances do kairos (momento oportuno) e do vir-a-ser em vez da estase da substância e do ser. Quiçá o leitor possa, então, ao interpretar Nietzsche, criar e se apropriar na arena dos afetos – intuir como um ‘espírito livre’ –, não mais só reproduzir e sistematizar na unidade do intelecto – deduzir. 
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