Da Biopolítica à Noopolítica: a verdade e a pós-verdade como vetores para modulação de formas de vidas surdas
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Comunicações |
Texto Completo: | https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/comunicacoes/article/view/4412 |
Resumo: | Este texto se propõe a discutir a produção de regimes de verdades na constituição de diferentes modulações de vidas surdas. Discutimos as políticas de verdades – biopolítica – em direção às políticas de pós-verdades que constituem aquilo que Lazzarato (2006) denomina de noopolítica. Para problematizar a associação dos saberes médicos, econômicos e demográficos e seus agenciamentos no campo educacional da surdez, tomamos a governamentalidade como grade de inteligibilidade do nosso tempo. Inspirados nas teorizações foucaultianas, partimos da leitura das atas do Congresso Internacional Para o Melhoramento do Destino dos Surdos-Mudos ocorrido em Milão, na Itália, de 6 a 11 de setembro de 1880, mais conhecido como Congresso de Milão para discutir as verdades produzidas acerca dos surdos e da surdez nas proposições votadas neste congresso. E, a partir da noopolítica como noção e da pós-verdade como vetor, discutiremos as análises realizadas por surdos pesquisadores que contribuem para a compreensão da produção de formas de vidas surdas. Concluímos apontando que existe uma norma flexível na contemporaneidade que se dilui, através dos discursos identitários, para cada grupo social e que nesse contexto de multiplicação de normalidades torna-se mais difícil reconhecer as fronteiras existentes entre o normal e o anormal. |
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