ESTRATÉGIAS DE VALOR E CRESCIMENTO E AS EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO NO BRASIL

• Autor(a) principal: Saito, André Taue
• Data de Publicação: 2014
• Outros Autores: Savoia, José Roberto Ferreira, Sousa, Almir Ferreira
• Idioma: por
• Título da fonte: Caderno Profissional de Administração da Universidade Metodista de Piracicaba
• Texto Completo: https://www.cadtecmpa.com.br/ojs/index.php/httpwwwcadtecmpacombrojsindexphp/article/view/55
• topic: Finanças; Múltiplos de mercado, valor da empresa, expectativas de mercado, eficiência dos mercados e CAPM.

O trabalho analisou as carteiras de valor e crescimento composta por ações do setor de energia elétrica brasileiro, negociadas na BMFBOVESPA entre 1997 e 2007, período de dez anos que antecederam a crise de 2008. Embora as ações value tenham apresentado retornos anuais médios maiores e risco menor, em relação às da carteira de crescimento, os resultados não apresentaram significância estatística, não havendo a possibilidade de indicar a ocorrência, a priori, da golden opportunity. No entanto, ao analisar as carteiras, com base no retorno acumulado no período, observa-se que as ações value possuíram maior rentabilidade em relação às ações growth, de forma a haver indícios de que houve a possibilidade dos investidores auferirem ganhos maiores a um grau de risco inferior, ou seja, a golden opportunity. Procura-se contribuir na análise das estratégias de valor e crescimento no mercado local e, em específico, em carteiras de investimento formadas por firmas do setor de energia elétrica. Desta forma, o trabalho oferece elementos para as discussões envolvendo a acurácia dos modelos de precificação e das expectativas dos investidores acerca da performance das empresas, no período de dez anos que antecederam a crise de 2008 e sinalizou, para este período, a possibilidade de subavaliação dos ativos; tal fato pode estar relacionado com a situação corrente do setor, em termos de investimentos e demais definições ligadas às definições de preço aos usuários dos serviços, e merece melhor aprofundamento em futuros estudos que poderiam capturar o efeito de fatores institucionais, abordar outros setores regulados, com adoção de outros múltiplos de mercado e de janelas de tempo para a mensuração da rentabilidade e risco das carteiras.