INFLUÊNCIA DAS VIVÊNCIAS ACADÊMICAS E DA AUTOEFICÁCIA NA ADAPTAÇÃO, RENDIMENTO E EVASÃO DE ESTUDANTES NOS CURSOS DE ENGENHARIA DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matta, Cristiane Maria Barra da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2108
Resumo: O impacto do início da vida acadêmica pode afetar a autoeficácia e dificultar a adaptação dos estudantes. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da autoeficácia e das vivências acadêmicas na predição de rendimento e de evasão escolar. Para a coleta de dados utilizaram-se o Questionário de Dados Sociodemográficos, o Questionário de Vivências Acadêmicas – versão reduzida (QVA-r) e a Escala da Autoeficácia na Formação Superior (AEFS). Resultados de desempenho no vestibular, rendimento escolar e evasão foram fornecidos pela instituição na qual o estudo foi desenvolvido. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e inferenciais. Participaram do estudo 407 estudantes de primeira série do curso de Engenharia de uma instituição privada, majoritariamente do sexo masculino, com idade média de 18,5 anos. A adaptação acadêmica dos estudantes foi favorecida pela satisfação com o curso e com a instituição e, principalmente, pelos bons relacionamentos interpessoais, também confirmados pela elevada autoeficácia na interação social. A confiança na capacidade de aprender e de autorregular as ações e às questões referentes à proatividade foi um pouco reduzida, se comparada à autoeficácia na interação social e na gestão acadêmica. O modelo proposto previu 60% do rendimento. As contribuições positivas foram conhecimento básico, hábitos de estudo, sentimentos quanto ao curso escolhido e à carreira, e autoeficácia acadêmica e na gestão acadêmica. Além desses fatores, o sucesso acadêmico dos ingressantes poderia ser atribuído à qualidade da transição do período desenvolvimental e das políticas educacionais da instituição. Sugere-se a promoção de atividades que possam nutrir as crenças de autoeficácia dos estudantes, que orientem seus hábitos de estudo e à gestão de seu tempo. O ambiente educacional deve promover bem-estar físico e psicológico à comunidade estudantil. A deficiência no conhecimento básico foi um preditor significativo de evasão, explicação entre 38% e 50% da variância encontrada. Tornou-se evidente que os fatores socioeconômicos, vocacionais e interpessoais podem ser determinantes do abandono escolar. Os resultados foram discutidos à luz da literatura da área.
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Resultados de desempenho no vestibular, rendimento escolar e evasão foram fornecidos pela instituição na qual o estudo foi desenvolvido. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e inferenciais. Participaram do estudo 407 estudantes de primeira série do curso de Engenharia de uma instituição privada, majoritariamente do sexo masculino, com idade média de 18,5 anos. A adaptação acadêmica dos estudantes foi favorecida pela satisfação com o curso e com a instituição e, principalmente, pelos bons relacionamentos interpessoais, também confirmados pela elevada autoeficácia na interação social. A confiança na capacidade de aprender e de autorregular as ações e às questões referentes à proatividade foi um pouco reduzida, se comparada à autoeficácia na interação social e na gestão acadêmica. O modelo proposto previu 60% do rendimento. As contribuições positivas foram conhecimento básico, hábitos de estudo, sentimentos quanto ao curso escolhido e à carreira, e autoeficácia acadêmica e na gestão acadêmica. Além desses fatores, o sucesso acadêmico dos ingressantes poderia ser atribuído à qualidade da transição do período desenvolvimental e das políticas educacionais da instituição. Sugere-se a promoção de atividades que possam nutrir as crenças de autoeficácia dos estudantes, que orientem seus hábitos de estudo e à gestão de seu tempo. O ambiente educacional deve promover bem-estar físico e psicológico à comunidade estudantil. A deficiência no conhecimento básico foi um preditor significativo de evasão, explicação entre 38% e 50% da variância encontrada. Tornou-se evidente que os fatores socioeconômicos, vocacionais e interpessoais podem ser determinantes do abandono escolar. Os resultados foram discutidos à luz da literatura da área.The impact of early academic life can affect self-efficacy and make it difficult college adjustment. The present study evaluated the influence of self-efficacy and academic experiences in the prediction of school performance and dropout. The data was collected from Sociodemographic Data, Academic Experience Questionnaire - reduced version (QVA-r) and the Self-efficacy Scale in Higher Education (AEFS). Entrance exam, school performance and dropout were provided by the institution in which the study was developed. Data were analyzed using descriptive and inferential statistics. A total of 407 mostly male freshmen from a private engineering school, with the average age of 18.5 years old participated in the study. The academic adjustment was favored not only by the satisfaction with the course, the institution and the positive interpersonal relationships, but also by the high self-efficacy in the social interaction. However, confidence in the ability to learn and demonstrate it, self-regulate actions and proactivity was somewhat reduced compared to self-efficacy in social interaction and academic management. The proposed model predicted 60% of variable criteria. The positive contributions were previous education, study habits, feelings toward the chosen course and career, academic self-efficacy and academic management. In addition to these factors, the academic success of the students could be attributed to the quality of the transition of the developmental period and the educational policies of the institution. Activities that foster “belief in self-efficacy,” studying habits and time management, and physical and psychological well-being, emotional balance, optimism and self-confidence were suggested. Deficient education on high school was a significant predictor of evasion, representing between 38% and 50%. Socioeconomic, vocational and interpersonal factors are clear determinants of dropout. The results were discussed based on literature.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Metodista de Sao PauloPsicologia da Saude:Programa de Pos Graduacao em Psicologia da SaudeBrasilIMSPsicologia da SaudeMartins, Maria do Carmo FernandesHeleno, Maria Geralda VianaSoares , Adriana BenevidesSerafim, Antônio de PáduaCampos, Elisabete Ferreira EstevesDias, Ana Cristina GarciaMatta, Cristiane Maria Barra da2021-07-27T17:10:39Z2019-02-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMatta, Cristiane Maria Barra da. INFLUÊNCIA DAS VIVÊNCIAS ACADÊMICAS E DA AUTOEFICÁCIA NA ADAPTAÇÃO, RENDIMENTO E EVASÃO DE ESTUDANTES NOS CURSOS DE ENGENHARIA DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA. 2019. 163 folhas. Tese( Psicologia da Saude) - Universidade Metodista de Sao Paulo, Sao Bernardo do Campo .http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2108porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Metodistainstname:Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)instacron:METODISTA2021-07-27T17:18:42Zoai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/2108Repositório InstitucionalPRIhttp://tede.metodista.br/oai/requestbiblioteca@metodista.bropendoar:2021-07-27T17:18:42Repositório Institucional da Metodista - Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)false
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