A COMUNICAÇÃO PUBLICITÁRIA NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PARA O SEGMENTO DE ALTA RENDA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Montresor, Paulo Eduardo Noronha
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/773
Resumo: Esta pesquisa investiga como quatro dos maiores bancos que atuam no Brasil - Bradesco, Itaú, Citibank e BankBoston - utilizam a comunicação para seduzir o público de alta renda. O objetivo é definir quais são os apelos e os valores utilizados nos comerciais de televisão e entender por que os filmes são muitos similares nos argumentos de persuasão. A importância desta pesquisa se define em conseqüência da forte presença dos bancos no meio TV e pelo fato de os principais bancos no Brasil terem lançado num curto espaço de tempo submarcas, um recurso muito utilizado pela indústria com as extensões de marcas, para atender a um mercado de alta renda estimado em 2 milhões de pessoas. Este é um tema novo e ainda pouco explorado na academia. Os métodos utilizados foram a análise de conteúdo, que verificou os argumentos dos comerciais de TV e a pesquisa bibliográfica, que deu o lastro necessário para a definição do problema e embasou a estruturação do estudo Os principais resultados da pesquisa apresentaram a conversão de duas tendências; a primeira vem dos novos valores que sopram da sociedade, destacadamente das pessoas de alta renda no Brasil. Elas têm apresentado novas formas de consumo, que estão muito mais ligadas às emoções. A ostentação e o consumo de produtos sofisticados como sinônimo de status e poder continuam e possivelmente deverão continuar a existir, mas nota-se agora que ao menos parte da elite brasileira busca se diferenciar por valores subjetivos. Estão de volta os valores básicos da sociedade como relacionamento familiar, valorização das coisas simples e melhor aproveitamento do tempo. Por outro lado, a segunda tendência é mercadológica. Com a comoditização dos produtos e serviços, as empresas buscam se diferenciar pela marca e, para fazer a conexão desta com os consumidores, são utilizados argumentos emocionais. Até porque, para se manipular os consumidores, o modo mais eficaz é através da emoção. Pode-se dizer também que, para furar o bloqueio mental que os consumidores erguem em virtude do bombardeio de mensagens que recebem diariamente, o caminho é o de entreter, emocionar. Aliado a tudo isto, os bancos rezam de imagem negativa na sociedade e vêm trabalhando para minimizar esta percepção: querem por intermédio de suas mensagens publicitárias se tornar mais simpáticos, humanos. Quando reunidos esses movimentos - o da sociedade valorizando mais o ser do que o ter e os bancos querendo se humanizar e utilizando abordagens emocionais em sua comunicação - é fácil entender a similaridade de argumentos. Mas será que a falta de diferenciação não continuará trazendo a comoditização dos produtos e serviços para a comoditização da comunicação e fazendo com que ela deixe de cumprir um dos seus papéis fundamentais que é o de fazer um anunciante se diferenciar da concorrência?
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A importância desta pesquisa se define em conseqüência da forte presença dos bancos no meio TV e pelo fato de os principais bancos no Brasil terem lançado num curto espaço de tempo submarcas, um recurso muito utilizado pela indústria com as extensões de marcas, para atender a um mercado de alta renda estimado em 2 milhões de pessoas. Este é um tema novo e ainda pouco explorado na academia. Os métodos utilizados foram a análise de conteúdo, que verificou os argumentos dos comerciais de TV e a pesquisa bibliográfica, que deu o lastro necessário para a definição do problema e embasou a estruturação do estudo Os principais resultados da pesquisa apresentaram a conversão de duas tendências; a primeira vem dos novos valores que sopram da sociedade, destacadamente das pessoas de alta renda no Brasil. Elas têm apresentado novas formas de consumo, que estão muito mais ligadas às emoções. A ostentação e o consumo de produtos sofisticados como sinônimo de status e poder continuam e possivelmente deverão continuar a existir, mas nota-se agora que ao menos parte da elite brasileira busca se diferenciar por valores subjetivos. Estão de volta os valores básicos da sociedade como relacionamento familiar, valorização das coisas simples e melhor aproveitamento do tempo. Por outro lado, a segunda tendência é mercadológica. Com a comoditização dos produtos e serviços, as empresas buscam se diferenciar pela marca e, para fazer a conexão desta com os consumidores, são utilizados argumentos emocionais. Até porque, para se manipular os consumidores, o modo mais eficaz é através da emoção. Pode-se dizer também que, para furar o bloqueio mental que os consumidores erguem em virtude do bombardeio de mensagens que recebem diariamente, o caminho é o de entreter, emocionar. Aliado a tudo isto, os bancos rezam de imagem negativa na sociedade e vêm trabalhando para minimizar esta percepção: querem por intermédio de suas mensagens publicitárias se tornar mais simpáticos, humanos. Quando reunidos esses movimentos - o da sociedade valorizando mais o ser do que o ter e os bancos querendo se humanizar e utilizando abordagens emocionais em sua comunicação - é fácil entender a similaridade de argumentos. Mas será que a falta de diferenciação não continuará trazendo a comoditização dos produtos e serviços para a comoditização da comunicação e fazendo com que ela deixe de cumprir um dos seus papéis fundamentais que é o de fazer um anunciante se diferenciar da concorrência?This research is about how four of the biggest bank in Brazil - Bradesco, Itaú, Citibank e BankBoston they use the communication to seduce the public of high income. The objective is to define which are the appeals and the values used in the commercial ones of television and to understand why the films are many similarities in the persuasion arguments. The importance of this research it defines in consequence of the strong presence of the banks in the TV ways and for the fact of the main banks in Brazil to have launched in a short space of time sub marks, a resource very used by the industry with the extensions of marks, to take care of to a market of high income esteem in 2 million people. This is a new subject and still little explored in the academy. The used methods had been the content analysis, that verified the arguments of TV commercials and the bibliographical research, that the necessary ballast for the definition of the problem gave and based the resulted structuralized of the study the main ones of the research had presented the conversion of two trends; the first one comes of the new values that blow of the society, especially of the people of high income in Brazil. They have presented new forms of consumption, that are much more on to the emotions. The ostentation and the consumption of sophisticated products as synonymous of status and power continue and possibly they will have to continue to exist, but it notices now that the least has broken of the Brazilian elite search if to differentiate for subjective values. They are in return the basic values of the society as familiar relationship, valuation of the simple things and better exploitation of the time. On the other hand, the second trend is marketing. With the commoditization of the products and services, the companies search if to differentiate for the mark and, to make the connection of this with the consumers, emotional arguments are used. Even because, to be manipulated the consumers, the way most efficient is through the emotion. It can also be said that, to pierce the mental blockade that the consumers raise in virtue of the bombing of messages that receive daily, the way are to entertain, to move. Ally to everything this, the banks prays of negative image in the society and comes working to minimize this perception: they want for intermediary of its messages advertising executives if to become more likeable, human. When congregated these movements - of the society valuing more the being of what having and the banks wanting to humanize itself and using emotional appeals in its communication - it is easy to understand the similarity of arguments. But it will be that the differentiation lack will not continue bringing the commoditization of the products and services for the commoditization of the communication and making with that it leaves to fulfill one of its basic papers that are to make an advertiser if to differentiate of the competition?Universidade Metodista de São PauloProcesso ComunicacionaisBRUMESPPÓS GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOTarsitano, Paulo RogérioCPF:16606095052http://lattes.cnpq.br/9706123951509221Queiroz, Adolpho Carlos FrançosoCPF:94674123412http://lattes.cnpq.br/2554925339792900Longhi, CarlaCPF:32689512020http://lattes.cnpq.br/4393774880761973Montresor, Paulo Eduardo Noronha2016-08-03T12:30:29Z2011-03-232007-03-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMONTRESOR, Paulo Eduardo Noronha. A COMUNICAÇÃO PUBLICITÁRIA NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PARA O SEGMENTO DE ALTA RENDA. 2007. 112 f. 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