O ser da guerra e a guerra do ser: O Prisioneiro, de Erico Verissimo, como um dispositivo-lúdico-profanatório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luckner, Rita de Cassia Scocca
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2176
Resumo: O escopo deste trabalho é ressaltar a função transformadora da literatura por intermédio da análise teológico-literária de O Prisioneiro (1967), de Erico Verissimo, que através da linguagem simbólica, do jogo que faz com as palavras, dos silenciamentos, dos ditos e não-ditos e da mensagem apontada pelo verbo literário possibilita destacar elementos relacionados ao comportamento do ser humano que se encontra capturado em diversos níveis pelo poder, representado pelos personagens e contexto retratados na obra. A partir dos conceitos de dialogismo, de Mikhail Bakhtin e de dispositivo e profanação, de Giorgio Agamben, busca-se discorrer sobre a queda da linguagem, que se apresenta monológica (ou sacralizada), para então ascender e se revelar dialógica (ou profana). A hipótese trabalhada foi que os conceitos acerca da linguagem e temas relacionados, elaborados por esses teóricos, discutidos e interligados nesta pesquisa, contrapostos à análise do romance nos permitem evidenciar a qualidade de dispositivo-lúdico-profanatório da literatura, particularmente em O Prisioneiro, e ressaltar a proficiência dela – de cunho antropológico e em constante diálogo com a teologia – tanto em representar como de ampliar sentidos dentro do conjunto de valores individuais e coletivos dos seres humanos, que nos leva a constatar a potencialidade da linguagem humana e a revelação da virtude da prudência e traz novas significações e interpretações das realidades, tornando-se meio de renovação, crescimento e retomada da posição crítica e ativa do ser. (AU)
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