CORPOREIDADE ADOECIDA: OS EFEITOS PSICOSSOMÁTICOS NA REALIDADE DAS PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO – 2012 A 2017

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FONSECA, VALÉRIA LEME
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1902
Resumo: O tema fundamental da presente dissertação centra-se numa questão que é objeto de preocupação e está sempre em foco nos debates públicos, nos meios midiáticos e nos estudos acadêmicos: a relação entre trabalho e saúde, ou antes, trabalho e adoecimento. De fato, ainda que possua especificidades patentes, a profissão docente não está alheia a esta realidade, sobretudo, porque podemos constatar, em grande medida, que esta relação tem atingido um contingente expressivo de profissionais da educação, inclusive na cidade de São Paulo. Bem por isso, para restringirmos nosso foco, optamos por contemplar a situação das docentes da rede pública municipal de São Paulo, grupo dos mais fragilizados diante dos males laborais, tal como os levantamentos bibliográficos e estatísticos nos levam a crer, pois de acordo com estudos realizados pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (SINESP), no período de 2012 a 2017, uma parcela significativa de professoras da rede pública Municipal de São Paulo tem a rotina de trabalho prejudicada por afastamento médico, decorrentes de doenças como estresse, gastrite, alergias e depressão, patologias de origem potencialmente emocionais e que desvelam as dimensões do adoecimento como reflexo da crise institucional e humana da educação pública. Com esta finalidade, buscamos estabelecer uma correlação entre as condições adversas denunciadas e a ocorrência de doenças emocionais como respostas psicossomáticas às referidas frustrações e angústias, que se confirmam como desequilíbrio corpóreo, culminando com um quadro patológico, que pode, inclusive, impedir a continuidade profissional e mesmo a precocidade da finitude da vida. Contemplando as identificadas manifestações corpóreas e emocionais com a precarização da condição docente submetida à desumanização pelo viés do gênero e da própria categoria de trabalhadoras, conseguimos o respaldo necessário para as nossas conclusões a partir da análise de conteúdo de teses e dissertações que trataram deste tema, nos últimos cinco anos (2012 a 2017), da análise bibliográfica adequada e da análise estatística a partir das veiculações promovidas pelo sindicato da categoria. Os referenciais teóricos, condizentes com as análises possíveis desta temática, reportam-se a Marx (2002; 2004), Keleman (1992), Sontag (2004), Butler (2004; 2010; 2017), Damásio (2013; 2015; 2017), Corbin, Courtine e Vigarello (2012), dentre outros autores de igual relevância.
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De fato, ainda que possua especificidades patentes, a profissão docente não está alheia a esta realidade, sobretudo, porque podemos constatar, em grande medida, que esta relação tem atingido um contingente expressivo de profissionais da educação, inclusive na cidade de São Paulo. Bem por isso, para restringirmos nosso foco, optamos por contemplar a situação das docentes da rede pública municipal de São Paulo, grupo dos mais fragilizados diante dos males laborais, tal como os levantamentos bibliográficos e estatísticos nos levam a crer, pois de acordo com estudos realizados pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (SINESP), no período de 2012 a 2017, uma parcela significativa de professoras da rede pública Municipal de São Paulo tem a rotina de trabalho prejudicada por afastamento médico, decorrentes de doenças como estresse, gastrite, alergias e depressão, patologias de origem potencialmente emocionais e que desvelam as dimensões do adoecimento como reflexo da crise institucional e humana da educação pública. Com esta finalidade, buscamos estabelecer uma correlação entre as condições adversas denunciadas e a ocorrência de doenças emocionais como respostas psicossomáticas às referidas frustrações e angústias, que se confirmam como desequilíbrio corpóreo, culminando com um quadro patológico, que pode, inclusive, impedir a continuidade profissional e mesmo a precocidade da finitude da vida. Contemplando as identificadas manifestações corpóreas e emocionais com a precarização da condição docente submetida à desumanização pelo viés do gênero e da própria categoria de trabalhadoras, conseguimos o respaldo necessário para as nossas conclusões a partir da análise de conteúdo de teses e dissertações que trataram deste tema, nos últimos cinco anos (2012 a 2017), da análise bibliográfica adequada e da análise estatística a partir das veiculações promovidas pelo sindicato da categoria. Os referenciais teóricos, condizentes com as análises possíveis desta temática, reportam-se a Marx (2002; 2004), Keleman (1992), Sontag (2004), Butler (2004; 2010; 2017), Damásio (2013; 2015; 2017), Corbin, Courtine e Vigarello (2012), dentre outros autores de igual relevância.The fundamental theme of this dissertation focuses on an issue that is of concern and is always focused on public debates, media and academic studies: the relationship between work and health, or rather, work and illness. In fact, even though it possesses specific characteristics, the teaching profession is not unaware of this reality, above all, because we can see, to a large extent, that this relationship has reached a significant contingent of education professionals, including in the city of São Paulo. Well for this reason, in order to narrow our focus, we chose to contemplate the situation of the teachers of the municipal public network of São Paulo, a group of the most fragile in the face of labor evils, as the bibliographical and statistical surveys lead us to believe, since according to studies (SINESP), between 2012 and 2017, a significant number of teachers of the public network of Municipality of São Paulo have the work routine handicapped by medical leave, due to illnesses such as stress, gastritis, allergies and depression, potentially emotional pathologies of origin that reveal the dimensions of illness as a reflection of the institutional and human crisis of public education. O this end, we seek to establish a correlation between the adverse conditions reported and the occurrence of emotional diseases as psychosomatic responses to the aforementioned frustrations and anguishes, which are confirmed as bodily imbalance, culminating with a pathological condition that may even impede professional continuity and even the precocity of the finitude of life. Contemplating the identified bodily and emotional manifestations with the precariousness of the teaching condition submitted to dehumanization by the bias of the gender and the category of female workers, we obtained the necessary support for our conclusions from the content analysis of theses and dissertations that dealt with this theme, in the last five years (2012 to 2017), the appropriate bibliographic analysis and the statistical analysis from the publications promoted by the category union. The theoretical references, consistent with the possible analyzes of this thematic, refer to Marx (2002; 2004), Keleman (1992), Sontag (2004), Butler (2004; 2010; 2017), Damásio (2013; 2015; 2017), Corbin, Courtine and Vigarello (2012), among other authors of equal relevance.Universidade Metodista de Sao PauloEducacao:Programa de Pos Graduacao em EducacaoBrasilIMSEducacaoTardeli, Denise D’AureaTodaro , Mônica de ÁvilaCoelho , Patrícia Margarida FariasFONSECA, VALÉRIA LEME2019-09-09T18:48:09Z2019-03-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFONSECA, VALÉRIA LEME. CORPOREIDADE ADOECIDA: OS EFEITOS PSICOSSOMÁTICOS NA REALIDADE DAS PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO – 2012 A 2017. 2019. 142folhas. 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