ANSIEDADE DE PROVA EM JOVENS: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE E DA MOTIVAÇÃO ACADÊMICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriel, Rose Skripka do Nascimento
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1999
Resumo: Este trabalho teve como objetivo analisar as possíveis relações entre a ansiedade de prova, os traços de personalidade e a motivação acadêmica de adolescentes de 11 a 17 anos. Realizou-se uma revisão de literatura para a fundamentação teórica, nos principais pressupostos teóricos e o estado da arte sobre a ansiedade, ansiedade de prova, traços de personalidade e motivação acadêmica. A motivação foi estudada sob a luz da teoria da autodeterminação, que explicita a motivação num continuum que vai da desmotivação e da regulação motivada extrinsecamente, até a motivação intrínseca, associada ao comportamento autodeterminado. Pesquisou-se sobre os traços de personalidade sob a perspectiva psicofisiológica de Hans Eysenck, definidos em neuroticismo, extroversão e psicoticismo. Para operacionalização da mensuração dos constructos foram usadas três escalas validadas no Brasil: Inventário de Ansiedade de Prova, que mensura as dimensões preocupação, emoção, distração e confiança; Escala de Motivação Acadêmica, que abarca os tipos de motivação; e o EPQ-J, questionário que mensura os traços de personalidade em adolescentes. Os dados foram coletados junto a uma amostra por conveniência composta de 210 jovens estudantes, de 11 a 17 anos (M=13,54; DP=1,85), 56,7% do sexo feminino, de duas escolas públicas e uma particular na cidade de São Paulo. Quatro modelos hipotéticos foram formulados. As dimensões da ansiedade de prova foram definidas como variáveis dependentes e as dimensões dos traços de personalidade e da motivação acadêmica foram as variáveis preditoras. A técnica escolhida para análise dos dados foi a regressão múltipla, stepwise. Os resultados obtidos comprovaram que: o grupo de variáveis independentes (VIs) responsável por 33% da variação da variável dependente (VD) preocupação foi composto por neuroticismo, motivação de regulação externa, motivação identificada e motivação intrínseca, apresentando f2 de 0,501; o grupo de VIs responsável por 34% da variação da VD emoção foi composto por neuroticismo e motivação externa, com f2 0,512; o grupo de VIs reponsável por 26% da variação da VD distração foi composto por motivação externa, neuroticismo e motivação introjetada, com f2 0,351; o grupo de VIs responsável por 32% da variação da VD confiança foi composto por neuroticismo e motivação intrínseca, com f2 0,468. Das relações formuladas, destacam-se: a prevalência do traço neuroticismo e da motivação externa como preditores da ansiedade de prova, a relação positiva entre a motivação intrínseca e a confiança, e a relação negativa entre a motivação intrínseca e a preocupação.
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spelling ANSIEDADE DE PROVA EM JOVENS: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE E DA MOTIVAÇÃO ACADÊMICATest anxiety in young people: an analysis from personality traits and academic motivationadolescência; neuroticismo; extroversão; psicoticismo; motivação intrínsecaadolescence; neuroticism; extroversion; psychoticism; intrinsic motivationCIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAEste trabalho teve como objetivo analisar as possíveis relações entre a ansiedade de prova, os traços de personalidade e a motivação acadêmica de adolescentes de 11 a 17 anos. Realizou-se uma revisão de literatura para a fundamentação teórica, nos principais pressupostos teóricos e o estado da arte sobre a ansiedade, ansiedade de prova, traços de personalidade e motivação acadêmica. A motivação foi estudada sob a luz da teoria da autodeterminação, que explicita a motivação num continuum que vai da desmotivação e da regulação motivada extrinsecamente, até a motivação intrínseca, associada ao comportamento autodeterminado. Pesquisou-se sobre os traços de personalidade sob a perspectiva psicofisiológica de Hans Eysenck, definidos em neuroticismo, extroversão e psicoticismo. Para operacionalização da mensuração dos constructos foram usadas três escalas validadas no Brasil: Inventário de Ansiedade de Prova, que mensura as dimensões preocupação, emoção, distração e confiança; Escala de Motivação Acadêmica, que abarca os tipos de motivação; e o EPQ-J, questionário que mensura os traços de personalidade em adolescentes. Os dados foram coletados junto a uma amostra por conveniência composta de 210 jovens estudantes, de 11 a 17 anos (M=13,54; DP=1,85), 56,7% do sexo feminino, de duas escolas públicas e uma particular na cidade de São Paulo. Quatro modelos hipotéticos foram formulados. As dimensões da ansiedade de prova foram definidas como variáveis dependentes e as dimensões dos traços de personalidade e da motivação acadêmica foram as variáveis preditoras. A técnica escolhida para análise dos dados foi a regressão múltipla, stepwise. Os resultados obtidos comprovaram que: o grupo de variáveis independentes (VIs) responsável por 33% da variação da variável dependente (VD) preocupação foi composto por neuroticismo, motivação de regulação externa, motivação identificada e motivação intrínseca, apresentando f2 de 0,501; o grupo de VIs responsável por 34% da variação da VD emoção foi composto por neuroticismo e motivação externa, com f2 0,512; o grupo de VIs reponsável por 26% da variação da VD distração foi composto por motivação externa, neuroticismo e motivação introjetada, com f2 0,351; o grupo de VIs responsável por 32% da variação da VD confiança foi composto por neuroticismo e motivação intrínseca, com f2 0,468. Das relações formuladas, destacam-se: a prevalência do traço neuroticismo e da motivação externa como preditores da ansiedade de prova, a relação positiva entre a motivação intrínseca e a confiança, e a relação negativa entre a motivação intrínseca e a preocupação.This study aimed to analyze the possible relationships between test anxiety, personality traits, and academic motivation of adolescents aged 11 to 17 years. A literature review was conducted on the main theoretical assumptions and state of the art about anxiety, test anxiety, personality traits, and academic motivation. Motivation has been studied in the light of self-determination theory, which spells out motivation on a continuum from demotivation and extrinsically motivated regulation to intrinsic motivation, associated with self-determined behavior. The personality traits have been researched upon Hans Eysenck's psychophysiological perspective, defined as neuroticism, extroversion, and psychoticism. To measure the constructs, three already validated scales were used: Test Anxiety Inventory, which measures the dimensions worry, emotion, distraction, and confidence; Academic Motivation Scale, which encompasses the types of motivation; and the EPQ-J, a questionnaire that measures personality traits in adolescents. Data were collected from a convenience sample of 210 young students aged 11 to 17 (Mage = 13.54; SD = 1.85), 56.7% female, from two public schools and one private school in Sao Paulo city. Four hypothetical models were formulated. The dimensions of the test anxiety were defined as dependent variables and the dimensions of personality traits and academic motivation were the predictor variables. The technique chosen for data analysis was stepwise multiple regression. The results showed that: the group of independent variables (IVs) responsible for 33% in the variation of the dependent variable (DV) worry was composed of neuroticism, external regulation motivation, identified motivation, and intrinsic motivation, presenting an effect size (f2) of 0.501. The group of IVs responsible for 34% in the variation in DV emotion was composed of neuroticism and external motivation, with f2 = 0.512. The group of IVs responsible for 26% of the variation in DV distraction was composed of external motivation, neuroticism and introjected motivation, with f2 = 0.351. The group of IVs responsible for 32% of the variation in DV confidence was composed of neuroticism and intrinsic motivation, with f2 = 0.468. Among the formulated relationships, the following stand out: the prevalence of the neuroticism trait and external motivation as predictors of test anxiety, the positive relationship between intrinsic motivation and confidence, and the negative relationship between intrinsic motivation and worry.Universidade Metodista de Sao PauloPsicologia da Saude:Programa de Pos Graduacao em Psicologia da SaudeBrasilIMSPsicologia da SaudeSerafim, Antonio de PáduaSerafim , Antonio de PáduaRezende , Manuel MorgadoSilva, Dirceu daGabriel, Rose Skripka do Nascimento2020-02-20T21:05:59Z2019-12-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGabriel, Rose Skripka do Nascimento. ANSIEDADE DE PROVA EM JOVENS: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE E DA MOTIVAÇÃO ACADÊMICA. 2019. [95 folhas]. Dissertação( Psicologia da Saude) - Universidade Metodista de Sao Paulo, [Sao Bernardo do Campo] .http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1999porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Metodistainstname:Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)instacron:METODISTA2020-02-20T21:05:59Zoai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/1999Repositório InstitucionalPRIhttp://tede.metodista.br/oai/requestbiblioteca@metodista.bropendoar:2020-02-20T21:05:59Repositório Institucional da Metodista - Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)false
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