Tupi ou não Tupi? Predação material, ação coletiva e colonialismo no Espírito Santo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro,Loredana
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Jácome,Camila
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222014000200012
Resumo: Este artigo trata das interações entre populações indígenas e não indígenas no sul do Espírito Santo (costa sudeste do Brasil) nos séculos XVIII e XIX, a partir de uma abordagem da arqueologia interpretativa combinada a teorias sobre a agência dos humanos e dos objetos. Sua primeira parte é uma discussão crítica sobre a assimetria epistemológica, estabelecida e mantida ao longo de séculos de colonialismo, entre histórias locais e a história da colonização americana pelos ocidentais. A partir de um estudo de caso, discute-se como a mesma metanarrativa do devastador impacto ocidental sobre populações nativas, consideradas culturalmente estáticas e socialmente passivas, opera em modelos teóricos arqueológicos correntes e no discurso nacionalista do século XIX sobre a conquista dos índios do Espírito Santo. Em seguida, apresenta-se uma perspectiva alternativa de estudo do aparato material tupi setecentista, atenta à noção indígena de reciprocidade e ao potencial do mundo material para a mobilização de ações coletivas. Com o contexto interpretativo construído para os sítios arqueológicos do Espírito Santo, procura-se discutir, a partir de cerâmicas, líticos, manuscritos e mapas, a ação tupi na colonização europeia.
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