Levantamento e identificação de espécies inseridas involuntariamente na comercialização de madeiras do Estado do Pará

• Autor(a) principal: Sousa Junior, José Maria da Silva
• Data de Publicação: 2007
• Outros Autores: Lisboa, Pedro Luiz Braga, Urbinati, Cláudia Viana
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2418
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA::BOTANICA APLICADA; Essências Tropicais; Mercado externo

Este trabalho teve como objetivo contribuir para o conhecimento de essências tropicais comercializadas para o mercado externo pelo Porto de Belém-PA, através do levantamento e identificação das mesmas, visando garantir a credibilidade do comércio amazônico de madeiras. Sabe-se que a troca de espécies pode acarretar em problemas de ordem físico-mecânica, como o aparecimento de defeitos na secagem e o comprometimento de estruturas de construções, ou de ordem química refletidos na durabilidade natural reduzida. Desta maneira, deve-se considerar a especificidade de características anatômicas e tecnológicas intrínsecas das espécies no seu beneficiamento. A metodologia empregada foi aquela tradicionalmente usada nos estudos de anatomia de madeiras. O levantamento permitiu observar que as empresas elegem um nome científico comercial que representa, na verdade, um grupo de espécies conhecidas por um nome vulgar. O estudo anatômico verificou que as espécies Carapa guianensis Aubl e Cedrela odorata L. tem sua carga incrementada por mogno (Swietenia macrophy/la King) na tentativa de burlar a fiscalização. A espécie Hymenolobium petraeum Ducke é confundida com Hymenolobium excelsum Ducke; Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. com outras duas espécies: Dipteryx intermedia Ducke e Dipteryx oppositifolia (Aubl.) Willd.; Ipê (Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson) é trocada por Tabebuia incana A.H. Gentry; Manilkara huberi (Ducke) Standl.) por Manilkara bidentata (A D.C.) A Chev.); Couratari guianensis Aubl.; Couratari oblongifolia Ducke & R.. Knuth; e Couratari pulchra Sandwith também são confundidas; Micropholis venulosa Pierre que com Micropholis melinoniana Pierre; Caryocar glabrum (Aubl.) Pers e Caryocar villosum (Aubl.) Pers; O jatobá tem como nome científico comercial Hymenaea courbaril L. No entanto, outras três espécies sãoconfundidas e inseridas como tal: Hymenaea oblongifolia Huber; Hymenaea parvifolia Huber; e Hymenaea reticulata Ducke. Vochysia maxima Ducke é o nome científico usado para definir espécies com nome vulgar quaruba. Contudo, Vochysia guianensis Aubl., Vochysia splendens Spruce ex Warm. e Vochysia vismiaefolia Spruce ex Warm. são inseridas involuntariamente. Portanto, espécies estão sendo comercializadas de forma errônea pelo Porto de Belém-PA, acarretando em prejuízos de ordem econômica e ambiental.