A Iconografia e o Estilo Estético como Demarcadores de limites e Identidades Sociais

• Autor(a) principal: Souza, Tayanne Gama de
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: Schaan, Denise Pahl
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2314
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ARQUEOLOGIA; Cerâmica marajoara; Iconografia; Identidade social; Grafismos

A cerâmica arqueológica Marajoara é decorada com grafismos que parecem representar personagens mitológicos e cenas que possivelmente contavam a estória social do grupo, relacionados à forma como aquelas sociedades estruturavam-se. O fato de que apenas um grupo dentro da sociedade detinha o acesso a esses objetos simbólicos sugere que os grafismos teriam sido uma forma de comunicação sobre identidades e hierarquias sociais. A descrição da decoração dos artefatos busca identificar aqueles elementos que podem ter sido usados como marcas de identidade social e de gênero, especialmente na observação da iconografia de objetos no contexto funerário. A partir do estudo da forma, da decoração e da iconografia do material coletado no teso Belém, do sítio PA-JO-15: Camutins, acondicionados na Reserva Técnica Mário Ferreira Simões, da Área de Arqueologia do Museu Paraense Emílio Goeldi, e utilizando a metodologia estrutural, identificou-se, até o momento, unidades mínimas significantes que se relacionam de diferentes formas nos diversos artefatos, construindo uma linguagem visual que possivelmente estava ligada à cosmologia dos grupos e suas posições sociais. O trabalho permitiu a construção de uma gramática, baseada na elaboração de regras de associação e funcionamento da organização dos motivos decorativos, que possibilitará uma compreensão mais efetiva da organização estrutural dos grupos sociais a partir da arte cerâmica.