Ecologia reprodutiva dos tralhotos Anableps anableps e Anableps microlepis (Pisces: Osteichthyes: Cyprinodontiformes: Anablepidae) no rio Paracauari, ilha de Marajó, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Francylenna Lima do
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Assunção, Maria Ivaneide da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1470
Resumo: Neste trabalho, são analisados e discutidos a estrutura da população, reprodução e aspectos embrionários de Anableps anableps e A. microlepis coletados no estuário do rio Paracauari, entre 48º 30’ 20” W/ 00º 44’ 36” S e 48o 31’ 12” W/ 00o 43’ 34” S, ilha de Marajó, Pará, no período de agosto de 2001 a abril de 2002. As coletas foram realizadas com redes de arrasto, puçá e tarrafa. Foram coletados e analisados 1.203 exemplares de tralhoto, sendo 901 A. anableps e 302 A. microlepis. As duas espécies se agregam em cardumes de dez a 50 indivíduos, sendo que A. microlepis predomina no verão, quando a água está salobra, e A. anableps no inverno, quando a água está doce. Quanto à proporção sexual, A. anableps apresentou paridade de 1:1; já em A. microlepis, as fêmeas predominaram na razão de 2:1. Em relação ao tamanho, A. anableps (x = 240 mm) é, em média, menor que A. microlepis (x = 270 mm), sendo as fêmeas de cada espécie significativamente maiores que os machos. Ambas as espécies se reproduzem durante o ano todo, com picos reprodutivos em períodos distintos: A. anableps no inverno e A. microlepis no verão. Cada fêmea produz de dez a 31 ovócitos, que, com 1,0 a 1,5 mm de diâmetro, são liberados na cavidade ovariana e, ao chegar até 2,0 mm, aderemse novamente à parede do ovário, ficando ali até a eclosão. Os embriões são liberados dentro da cavidade ovariana onde completam seu desenvolvimento, vindo nascer aos 45 a 47 mm de comprimento. Apesar de agregadas, cada espécie mantém diferentes estratégias de organização estrutural e temporal, exigindo diferentes condições ambientais, possivelmente mais favoráveis ao desenvolvimento da prole.
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spelling 2021-11-25T19:06:14Z2020-10-162021-11-25T19:06:14Z2008-09NASCIMENTO, Francylenna Lima do; ASSUNÇÃO, Maria Ivaneide da Silva. Ecologia reprodutiva dos tralhotos Anableps anableps e Anableps microlepis (Pisces: Osteichthyes: Cyprinodontiformes: Anablepidae) no rio Paracauari, ilha de Marajó, Pará, Brasi. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 3, n. 3, p. 229-240, set.- dez. 2008https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1470Neste trabalho, são analisados e discutidos a estrutura da população, reprodução e aspectos embrionários de Anableps anableps e A. microlepis coletados no estuário do rio Paracauari, entre 48º 30’ 20” W/ 00º 44’ 36” S e 48o 31’ 12” W/ 00o 43’ 34” S, ilha de Marajó, Pará, no período de agosto de 2001 a abril de 2002. As coletas foram realizadas com redes de arrasto, puçá e tarrafa. Foram coletados e analisados 1.203 exemplares de tralhoto, sendo 901 A. anableps e 302 A. microlepis. As duas espécies se agregam em cardumes de dez a 50 indivíduos, sendo que A. microlepis predomina no verão, quando a água está salobra, e A. anableps no inverno, quando a água está doce. Quanto à proporção sexual, A. anableps apresentou paridade de 1:1; já em A. microlepis, as fêmeas predominaram na razão de 2:1. Em relação ao tamanho, A. anableps (x = 240 mm) é, em média, menor que A. microlepis (x = 270 mm), sendo as fêmeas de cada espécie significativamente maiores que os machos. Ambas as espécies se reproduzem durante o ano todo, com picos reprodutivos em períodos distintos: A. anableps no inverno e A. microlepis no verão. Cada fêmea produz de dez a 31 ovócitos, que, com 1,0 a 1,5 mm de diâmetro, são liberados na cavidade ovariana e, ao chegar até 2,0 mm, aderemse novamente à parede do ovário, ficando ali até a eclosão. Os embriões são liberados dentro da cavidade ovariana onde completam seu desenvolvimento, vindo nascer aos 45 a 47 mm de comprimento. Apesar de agregadas, cada espécie mantém diferentes estratégias de organização estrutural e temporal, exigindo diferentes condições ambientais, possivelmente mais favoráveis ao desenvolvimento da prole.and A. microlepis collected from the Paracauari River between 48º 30’ 20” W/ 00º 44’ 36” S and 48o 31’ 12” W/ 00o 43’ 34” S Marajó Island, state of Pará, Brazil, from August 2001 through April 2002. Sampling was carried out with trawls, shrimp nets, and casting-nets. A total of 1.203 specimens were collected and analyzed, from which 901 were A. anableps and 302 A. microlepis. Both species group themselves into schools of ten to 50 individuals; however, A. microlepis is predominant in the summer when the water is more saline, while A. anableps predominates in the winter when the water is fresh. Regarding sex ratio, it was of 1:1 for A. anableps, while A. microlepis females surpassed males in a ratio of 2:1. In relation to size, A. anableps (x = 240 mm) is on average smaller than A. microlepis (x = 270 mm), but females of each species were significantly larger than the males. Both species reproduce throughout the year, yet with reproductive peaks in distinct periods: A. anableps in winter and A. microlepis in summer. Each female produces ten to 31 oocytes that are released into the ovarian cavity when they reach 1.0-1.5 mm in diameter; when reaching 2.0 mm they attach themselves once again to the ovary’s wall, where they remain until eclosion. The embryos are released inside the ovarian cavity when development is complete and measure 45-47 mm in length at birth. Despite being mixed, each species maintains distinct strategies regarding structural and temporal organization time, and requiring different environmental conditions – possibly those that are more favorable for offspring development.porInstituto Brasileiro de Informação em Ciência e TecnologiaIBICTBrasilBol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências NaturaisCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRAAnableps anablepsAnableps microlepisReproduçãoDesenvolvimentoMarajóAnableps anablepsAnableps microlepisReproductionDevelopmentMarajóEcologia reprodutiva dos tralhotos Anableps anableps e Anableps microlepis (Pisces: Osteichthyes: Cyprinodontiformes: Anablepidae) no rio Paracauari, ilha de Marajó, Pará, BrasilReproductive ecology of tralhotos Anableps anableps and Anableps microlepis (Pisces: Osteichthyes: Cyprinodontiformes: Anablepidae) in the Paracauari river, island of Marajó, Pará, Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article33229240Nascimento, Francylenna Lima doAssunção, Maria Ivaneide da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGTEXTv3n3a05.pdf.txtv3n3a05.pdf.txtExtracted texttext/plain42931https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1470/3/v3n3a05.pdf.txtf4509303d993f92505d2b1d07dde1630MD53THUMBNAILv3n3a05.pdf.jpgv3n3a05.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1608https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1470/4/v3n3a05.pdf.jpgf98aecbf08fac5aa77c103f726cbd666MD54ORIGINALv3n3a05.pdfv3n3a05.pdfapplication/pdf314749https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1470/1/v3n3a05.pdf47d85dfba9c9fd787eca2f04e52c25faMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1748https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1470/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52mgoeldi/14702021-11-26 03:02:20.488oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/1470Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2021-11-26T06:02:20Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false
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