Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do MPEG |
Texto Completo: | https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2097 |
Resumo: | A família Anablepidae é formada por três espécies distribuídas desde a América Central até a parte norte da América do Sul. No Brasil ocorrem somente duas espécies, A. anableps e A. microlepis. Este trabalho informa sobre a estrutura da população, reprodução e aspectos embrionários dessas duas espécies, com base no material coletado entre os meses de agosto de 2001 a maio de 2002, no rio Paracauari (00043' Se 480 31' W). As coletas foram efetuadas com redes de arrasto, puçá e tarrafa. O material coletado foi medido (mm), pesado (g) e as gônadas e o desenvolvimento embrionário, examinados macroscopicamente. Foram coletados e analisados 1.090 exemplares de tralhoto sendo 807 A. anableps e 283 A. microlepis. As duas espécies formam cardume único que se fragmenta em vários grupos, mas elas se diferenciam quanto ao comprimento médio, A. anableps é maior (= 139 mm) do que A. microlepis (= 128 mm). Quanto a paridade sexual, as fêmeas são maiores que os machos (fêmeas de A. anableps = 152 mm e os machos = 136 mm; fêmeas de A. microlepis = 150 mm e os machos = 118 rnm); em números de machos e fêmeas A. anableps não apresentou diferenças significativas (?2 = 0,051), enquanto que em A. microlepis (?2 = 5,12) as fêmeas predominaram. Tralhoto é vivíparo e se reproduz o ano todo. Cada fêmea gera em média 15 ovócitos, que antes de serem fecundados permanecem soltos dentro dos ovários, após a fecundação se aderem a parede destes até a eclosão. Quando o embrião atinge 30 mm de comprimento (fase 3), os ovários se enchem de sangue e o aborto é frequente. Apenas de 1 a 5 filhotes chegam a fase final de desenvolvimento (45 mm), quando são paridos. Há, possivelmente, um benefício mútuo para o tipo de agregação entre A. anableps e A. microlepis; e uma relação trófica entre o organismo materno e o embrião. |
id |
MPEG_7e534f4414ad0eaaffd3a83458c61d65 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/2097 |
network_acronym_str |
MPEG |
network_name_str |
Repositório Institucional do MPEG |
repository_id_str |
|
spelling |
2023-04-19T19:16:32Z2023-04-192023-04-19T19:16:32Z2002-07-04NASCIMENTO, Francylenna Lima do; ASSUNÇÃO, Maria Ivaneide da Silva; MONTAG, Luciano de Assis F. Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA. In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO MUSEU GOELDI, 10., 2002, Belém. Livro de Resumos. Belém: MPEG, 2002.https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2097A família Anablepidae é formada por três espécies distribuídas desde a América Central até a parte norte da América do Sul. No Brasil ocorrem somente duas espécies, A. anableps e A. microlepis. Este trabalho informa sobre a estrutura da população, reprodução e aspectos embrionários dessas duas espécies, com base no material coletado entre os meses de agosto de 2001 a maio de 2002, no rio Paracauari (00043' Se 480 31' W). As coletas foram efetuadas com redes de arrasto, puçá e tarrafa. O material coletado foi medido (mm), pesado (g) e as gônadas e o desenvolvimento embrionário, examinados macroscopicamente. Foram coletados e analisados 1.090 exemplares de tralhoto sendo 807 A. anableps e 283 A. microlepis. As duas espécies formam cardume único que se fragmenta em vários grupos, mas elas se diferenciam quanto ao comprimento médio, A. anableps é maior (= 139 mm) do que A. microlepis (= 128 mm). Quanto a paridade sexual, as fêmeas são maiores que os machos (fêmeas de A. anableps = 152 mm e os machos = 136 mm; fêmeas de A. microlepis = 150 mm e os machos = 118 rnm); em números de machos e fêmeas A. anableps não apresentou diferenças significativas (?2 = 0,051), enquanto que em A. microlepis (?2 = 5,12) as fêmeas predominaram. Tralhoto é vivíparo e se reproduz o ano todo. Cada fêmea gera em média 15 ovócitos, que antes de serem fecundados permanecem soltos dentro dos ovários, após a fecundação se aderem a parede destes até a eclosão. Quando o embrião atinge 30 mm de comprimento (fase 3), os ovários se enchem de sangue e o aborto é frequente. Apenas de 1 a 5 filhotes chegam a fase final de desenvolvimento (45 mm), quando são paridos. Há, possivelmente, um benefício mútuo para o tipo de agregação entre A. anableps e A. microlepis; e uma relação trófica entre o organismo materno e o embrião.The family Anablepidae is formed by three species distributed from Central America to the northern part of South America. In Brazil only two species occur, A. anableps and A. microlepis. This paper reports on the population structure, reproduction and embryonic aspects of these two species, based on material collected from August 2001 to May 2002, at Paracauari River (00043' Se 480 31' W). Collections were made using trawls, puçá and tarrafa nets. Collected material was measured (mm), weighed (g), and the gonads and embryonic development were examined macroscopically. A total of 1,090 A. anableps and 283 A. microlepis were collected and analyzed. The two species form a single school that fragments in several groups, but they differ in mean length, A. anableps is larger (= 139 mm) than A. microlepis (= 128 mm). As for sexual parity, females are larger than males (females of A. anableps = 152 mm and males = 136 mm; females of A. microlepis = 150 mm and males = 118 rnm); in numbers of males and females A. anableps showed no significant differences (?2 = 0.051), while in A. microlepis (?2 = 5.12) females predominated. Tralhoto is viviparous and reproduces all year round. Each female generates an average of 15 oocytes, which, before being fertilized, remain loose inside the ovaries, and after fertilization adhere to their walls until hatching. When the embryo reaches 30 mm in length (stage 3), the ovaries fill with blood and abortion is frequent. Only 1 to 5 pups reach the final stage of development (45 mm), when they are delivered. There is possibly a mutual benefit for the type of aggregation between A. anableps and A. microlepis; and a trophic relationship between the maternal organism and the embryo.porMuseu Paraense Emílio GoeldiMPEGBrasilEcologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PACNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMALAnableps anablepsAnableps microlepisAnableplidaeCiprinodontiformesReproduçãoEcologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PAReproductive and embryonic ecology of tralhoto (Anableps anableps and Anableps microlepis), (Anableplidae, Cyprinodontiformes) in the Paracauari river - Marajó Island, PAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectNascimento, Francylenna Lima doAssunção, Maria Ivaneide da SilvaxMontag, Luciano Fogaça de Assisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGORIGINAL59.Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto.pdf59.Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto.pdfapplication/pdf480518https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2097/1/59.Ecologia%20reprodutiva%20e%20embrion%c3%a1ria%20de%20tralhoto.pdf119174b9bd400a149a46f95c5f30e1ceMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1748https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2097/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT59.Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto.pdf.txt59.Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto.pdf.txtExtracted texttext/plain2222https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2097/3/59.Ecologia%20reprodutiva%20e%20embrion%c3%a1ria%20de%20tralhoto.pdf.txtfb7072f107cee038eb89352ee161cc57MD53THUMBNAIL59.Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto.pdf.jpg59.Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1783https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2097/4/59.Ecologia%20reprodutiva%20e%20embrion%c3%a1ria%20de%20tralhoto.pdf.jpg1c9c0144198de2efc0a14b64c89cdcb4MD54mgoeldi/20972023-04-20 03:00:56.738oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/2097Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2023-04-20T06:00:56Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Reproductive and embryonic ecology of tralhoto (Anableps anableps and Anableps microlepis), (Anableplidae, Cyprinodontiformes) in the Paracauari river - Marajó Island, PA |
title |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA |
spellingShingle |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA Nascimento, Francylenna Lima do CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMAL Anableps anableps Anableps microlepis Anableplidae Ciprinodontiformes Reprodução |
title_short |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA |
title_full |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA |
title_fullStr |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA |
title_full_unstemmed |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA |
title_sort |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA |
author |
Nascimento, Francylenna Lima do |
author_facet |
Nascimento, Francylenna Lima do Assunção, Maria Ivaneide da Silvax Montag, Luciano Fogaça de Assis |
author_role |
author |
author2 |
Assunção, Maria Ivaneide da Silvax Montag, Luciano Fogaça de Assis |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nascimento, Francylenna Lima do Assunção, Maria Ivaneide da Silvax Montag, Luciano Fogaça de Assis |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMAL |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMAL Anableps anableps Anableps microlepis Anableplidae Ciprinodontiformes Reprodução |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Anableps anableps Anableps microlepis Anableplidae Ciprinodontiformes Reprodução |
description |
A família Anablepidae é formada por três espécies distribuídas desde a América Central até a parte norte da América do Sul. No Brasil ocorrem somente duas espécies, A. anableps e A. microlepis. Este trabalho informa sobre a estrutura da população, reprodução e aspectos embrionários dessas duas espécies, com base no material coletado entre os meses de agosto de 2001 a maio de 2002, no rio Paracauari (00043' Se 480 31' W). As coletas foram efetuadas com redes de arrasto, puçá e tarrafa. O material coletado foi medido (mm), pesado (g) e as gônadas e o desenvolvimento embrionário, examinados macroscopicamente. Foram coletados e analisados 1.090 exemplares de tralhoto sendo 807 A. anableps e 283 A. microlepis. As duas espécies formam cardume único que se fragmenta em vários grupos, mas elas se diferenciam quanto ao comprimento médio, A. anableps é maior (= 139 mm) do que A. microlepis (= 128 mm). Quanto a paridade sexual, as fêmeas são maiores que os machos (fêmeas de A. anableps = 152 mm e os machos = 136 mm; fêmeas de A. microlepis = 150 mm e os machos = 118 rnm); em números de machos e fêmeas A. anableps não apresentou diferenças significativas (?2 = 0,051), enquanto que em A. microlepis (?2 = 5,12) as fêmeas predominaram. Tralhoto é vivíparo e se reproduz o ano todo. Cada fêmea gera em média 15 ovócitos, que antes de serem fecundados permanecem soltos dentro dos ovários, após a fecundação se aderem a parede destes até a eclosão. Quando o embrião atinge 30 mm de comprimento (fase 3), os ovários se enchem de sangue e o aborto é frequente. Apenas de 1 a 5 filhotes chegam a fase final de desenvolvimento (45 mm), quando são paridos. Há, possivelmente, um benefício mútuo para o tipo de agregação entre A. anableps e A. microlepis; e uma relação trófica entre o organismo materno e o embrião. |
publishDate |
2002 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2002-07-04 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-04-19T19:16:32Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-04-19 2023-04-19T19:16:32Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
NASCIMENTO, Francylenna Lima do; ASSUNÇÃO, Maria Ivaneide da Silva; MONTAG, Luciano de Assis F. Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA. In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO MUSEU GOELDI, 10., 2002, Belém. Livro de Resumos. Belém: MPEG, 2002. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2097 |
identifier_str_mv |
NASCIMENTO, Francylenna Lima do; ASSUNÇÃO, Maria Ivaneide da Silva; MONTAG, Luciano de Assis F. Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA. In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO MUSEU GOELDI, 10., 2002, Belém. Livro de Resumos. Belém: MPEG, 2002. |
url |
https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2097 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Ecologia reprodutiva e embrionária de tralhoto (Anableps anableps e Anableps microlepis), (Anableplidae, Ciprinodontiformes) no rio Paracauari - ilha de Marajó, PA |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Museu Paraense Emílio Goeldi |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
MPEG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Museu Paraense Emílio Goeldi |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do MPEG instname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) instacron:MPEG |
instname_str |
Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) |
instacron_str |
MPEG |
institution |
MPEG |
reponame_str |
Repositório Institucional do MPEG |
collection |
Repositório Institucional do MPEG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2097/1/59.Ecologia%20reprodutiva%20e%20embrion%c3%a1ria%20de%20tralhoto.pdf https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2097/2/license.txt https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2097/3/59.Ecologia%20reprodutiva%20e%20embrion%c3%a1ria%20de%20tralhoto.pdf.txt https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2097/4/59.Ecologia%20reprodutiva%20e%20embrion%c3%a1ria%20de%20tralhoto.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
119174b9bd400a149a46f95c5f30e1ce 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 fb7072f107cee038eb89352ee161cc57 1c9c0144198de2efc0a14b64c89cdcb4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1809924592658022400 |