Avaliação dos tratamentos silviculturais aplicados em áreas de produção diversificada das unidades experimentais de manejo em florestas secundárias do município de Bragança, Pará.

• Autor(a) principal: Barros, Denes de Souza
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: Silva, Manoela Ferreira Fernandes da
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2248
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA; Silvicultura; Florestas secundárias

A crescente destruição das florestas naturais tem ocasionado o surgimento de grandes áreas de vegetação secundárias, conhecidas regionalmente como capoeira. Este tipo de vegetação, na Amazônia brasileira, tem sido utilizada para agricultura tradicional, baseada em corte e queima. Com a finalidade de estudar métodos não destrutivos de utilização da floresta secundária, como o manejo para usos diversos, vem sendo desenvolvida pesquisa no nordeste paraense, das quais faz parte o presente estudo. Este trabalho tem como objetivo estudar os efeitos dos tratamentos silviculturais em relação ao crescimento dia métrico anual e verificar a resistência das espécies eliminadas nas operações de desbaste. O estudo está sendo conduzido em duas capoeiras de diferentes idades no município de Bragança -PA. A mais nova com 20 anos, possui 1,20 ha e a mais velha com 35 anos, possui 4,80 ha. As capoeiras foram divididas aleatoriamente em parcelas iguais, sendo Ti (onde foram realizadas operações de desbaste) e TO (testemunha sem intervenção). Como critério para a seleção das espécies, foram adotadas as seguintes características: diâmetro mínimo de 5 em, a 1,30 m do solo; altura mínima de 4 metros; fuste reto sem danos ou podridão; copa saudável e com bom desenvolvimento. Os tratamentos silviculturais constaram de eliminação de indivíduos competidores circunscrito à árvore selecionada por meio de desbaste: corte direto (árvores finas) e anelamento (árvores mais grossas). As espécies que obtiveram melhores respostas de incremento diamétrico, na parcela Ti quando comparadas as espécies da parcela TO, na capoeira 1, foram Phillanthus nobilis (L. F.) Choisy. com 0,15 cm e Eschweilera coriacea (DC.) S. A. Mori. com 0,17 cm. Na capoeira 2 as espécies que obtiveram os melhores resultados foram Strypnodendron guianensis (Aubl.) Benth. com 0,45 cm e Inga alba (Sw.) Willd .. Cerca de 100% dos indivíduos tratados das espécies Cróton matourensis Aubl. e Annona paludosa Aubl. não resistiram as operações de desbastes, enquanto que para Hymatamthus sucuuba (Spruce ex Mull. Agr.) Woodson cerca de 100% dos indivíduos eliminados dessa espécie resistiram aos tratamentos de desbastes. Para a maioria das espécies eliminadas na capoeira 1 e na capoeira 2 os tratamentos aplicados não estão surtindo efeito esperado, visto que, as espécies que foram aneladas estão recompondo suas cascas e as que foram abatidas estão rebrotando. A pequena diferença detectada entre as parcelas TO e TI para ambas as capoeiras é devido, provavelmente, ao curto espaço de tempo e/ou a intensa regeneração das espécies eliminadas que provavelmente aumentou a competição com as espécies selecionadas.