Avaliação das Parcelas Permanentes de Monitoramento (PPM's) em Florestas Secundárias de Idades Distintas no Nordeste Paraense (Bragança).

• Autor(a) principal: Muniz, Ana Lúcia Vilhena
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: Silva, Manoela Ferreira Fernandes da
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2331
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA; Floresta secundária; Manejo

A sucessão secundária é um processo antrópico que vem se intensificando no Brasil, devido ao aumento acelerado na retirada da vegetação primária para fins diversos como a agropecuária entre outras formas, principalmente na região amazônica. O manejo de florestas secundárias (capoeiras) pode ser uma alternativa para o uso da terra, mas pouco se sabe sobre esta prática. A prática de monitoramento de parcelas permanentes de monitoramento (PPM's) proporciona o conhecimento da dinâmica da vegetação auxiliando em decisões de futuros tratamentos para manejo. Com o objetivo de analisar e avaliar o comportamento de espécies do estrato arbóreo em vegetações secundárias de idades distintas, tais como abundância, crescimento, ingresso e mortalidade, está sendo desenvolvido este trabalho. Foram instaladas 6 PPM's de 50x50 m, subdivididas em 25 subparcelas de 10xl0 m em duas áreas de aproximadamente 35 e 45 anos em Bragança, Pará, onde foram mensurados os indivíduos com DAPe"5 cm. A distribuição diametrica das espécies apresentou-se em forma de exponencial negativa e um índice de Sorensen igual a 0,63. A capoeira de 35 anos obteve uma média de incremento de 0,30 cm/ha/ano, e a de 45 anos apresentou 0,34 cm/ha/ano. As espécies que obtiveram maior incremento na área de 35 anos foram Franchetella gongrojpii, Pterocarpus amazonicus e Jacaranda copaia, e na de 45 anos foram Byrsonima crispa, Diplotropis guianensis e Sclerolobium chrysophyllum. A capoeira de 35 anos teve maior número de indivíduos ingressantes (169 indivíduos) e menor em mortalidade (253 indivíduos) em relação à de 45 anos (111 indivíduos ingressantes e 511 mortos) durante seis anos de medições. As áreas apresentaram uma alta similaridade florística e uma distribuição características para o manejo. Sobre a dinâmica, o incremento diferenciado das espécies pode ser consequência do uso da terra que antecedeu a atual sucessão. A vegetação de maior idade possui poucos indivíduos ingressantes em relação a mais jovem, podendo ser em consequência de densidade maior do dossel da floresta, o mesmo pode ter ocasionado a baixa mortalidade da vegetação mais jovem, ou seja, a radiação dentro da floresta é um fator para a mortalidade e ingresso dos indivíduos.