Constituintes voláteis de espécies dos gêneros lippia e hyptis da Amazônia

• Autor(a) principal: Guimarães, Jeison Texican Castro
• Data de Publicação: 2000
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1946
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA; Lippia; Verbenaceae; Hyptis; Lamiaceae

O gênero Lippia (Verbenaceae) tem distribuição tropical e subtropical sendo representado por cerca de 120 espécies. O gênero Hyptis (Lamiaceae) é composto de 400 espécies que ocorrem na América Tropical. Muitas dessas plantas são aromáticas e possuem propriedades medicinais. Óleos essenciais de Lippia e Hyptis são produtos comercializados no mercado internacional de perfumes e cosméticos. Um grupo de pesquisadores do Departamento de Botânica do MPEG promove o levantamento da flora aromática da Amazônia. Como bolsista de IC, engajado nas atividades do grupo, coube-me contribuir com o estudo quimiossistemático dos óleos essenciais de Lippia grandulosa (0,3%), L.gracilis (0,8%), L.lacunosa (0,2%), L. lupulina (0,8%), L.matogrossensis (0,6%), L. rondoniensis (0,1%), Hyptis coccinea (0,1%), H.dilatata (l,4%), Hfasciculata (0,2%), H.hirsuta (0,1%), H. velutina (0,4%) e H. villosa (0,1%). As plantas foram coletadas em diversas localidades da região amazônica. Os óleos essenciais foram analisados por CG-EM (cromatografia de gás I espectrometria de massas para identificação de seus constituintes voláteis. O componente volátil principal do óleo de L.grandulosa foi b-cariofileno (46,2%); do óleo de L.gracilis foi timol (38.4%), do óleo de L.lacunosa foi biciclogermacreno (15,1%); do óleo de L.lupulina foi terpinen-4-ol (41,3%), do óleo de L.matogrossensis foi 1,8-cieol (26,5%); do óleo de L.rondoniensis foi carvona (49,2%); do óleo de H.coccinea foi sabineno (34,5%); do óleo de H.dilatata foi fenchona (31,3%); do óleo de Hfasciculata foi 1,8-cineol (27,0%); do óleo de H.hirsuta foi b-cariofileno (32,8%); do óleo de H. velutina foi b-cariofileno (24,7%); e do óleo de H. vilosa foi biciclogermacreno (26,6%). Verificou-se a presença de vários tipos químicos às espécies analisadas, dificultando por ora o trabalho quimiossistemático. Uma revisão taxonômica das espécies, associada à composição química de seus óleos essenciais, irá contribuir para o melhor conhecimento dessas espécies e dos gêneros em questão. Por outro lado, o trabalho permitiu a descoberta de variedades da mesma espécie, que apresentam diferentes bouquets, com boas perspectivas de aproveitamento econômico.