Análise do discurso: semelhanças e diferenças nas abordagens da disciplina na França, Estados Unidos e Brasil

• Autor(a) principal: Barbosa, José Eliada Cunha
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: Bentes, Rosineide da Silva
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2256
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; Análise do discurso; Ciclo da Borracha

A Análise do Discurso (AD) significa tentar entender e explicar como se constrói o sentido de um texto e de como esse texto se articula com a história e a sociedade em que foi produzido. Leva a descoberta de interpretações de sentidos e de marcas estruturais e ideológicas nos textos. O objeto de estudo desta disciplina é o pensamento sob as suas mais diversas formas de expressão. O trabalho objetiva identificar as ideias antecedentes à AD assim como o conceito de ideologia, segundo alguns teóricos como Althusser. Visa também comparar a disciplina análise do discurso entre determinados países. Os dados coletados são oriundos de bibliografias pertencentes as áreas de linguística, psicologia e história. E foram analisados seguindo o método comparativo. Conceitos chaves da disciplina foram encontrados. O trabalho demonstra que a AD não se restringiu à linguística. Ultrapassando a análise linguística imanente, formal, pode-se analisar textos históricos como o presente trabalho demonstra. A análise dos discursos de personagens, entre os quais estão brasileiros (governo e seringalistas) e ingleses, que definiram o debate sobre a produção da borracha na Amazônia no período de 1900-15 (R. Sentes, 2005) levam a interpretações e descobertas de mecanismos utilizados para que os argumentos empregados tornem-se legítimos, justificando-se assim uma necessidade de proteção das crenças e valores, dos diferentes pontos de vistas sobre a produção da borracha no determinado contexto. Então, a AD procura compreender os mecanismos através dos quais o pensamento produz efeitos de conhecimento e de convicção, e isto não apenas no receptor, como também no emissor do discurso.