Estudo de Fluxos Turbulentos Acima da Floresta de Caxiuanã, na Amazônia Oriental

• Autor(a) principal: Lechinoski, Alessandro
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: Sá, Leonardo Deane de Abreu
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2328
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS; Ciclo do carbono; Amazônia; Floresta de Caxiuanã

O presente trabalho estuda as trocas turbulentas floresta-atmosfera, ou seja, a estimativa dos fluxos turbulentos e a precisão associada ao seu cálculo estatístico. Isto deve fornecer subsídios importantes para melhor compreensão de aspectos relacionados à precisão da investigação do balanço de energia e ciclo do carbono na Amazônia. Ademais, o cálculo de estimativa de erros dos fluxos oferece subsídios a estudo sobre características estatísticas dos vórtices turbulentos, particularmente da escala integral I, parâmetro que índica a capacidade de o sinal reter a "memória da turbulência". Os dados utilizados resultaram de coletas proporcionadas pelos projetos LBA, MILÊNIO-LBA e PRONEX-SECTAM, sendo que os mesmos são provenientes da torre meteoro lógica instalada na Flona de Caxiuanã, e que foram tratados segundo as metodologias de Vickers e Mahrt (1997) e de Wyngaard (1983). Os resultados preliminares mostram que a floresta se comporta como sumidouro de carbono e que há grande variabilidade no cálculo dos fluxos de CO2 (desde 20% a 500%) e que isto se deve, ao menos em parte, à ocorrência de condições não-estacionárias. Os horários nos períodos de transição tarde-noite foram os que apresentaram fluxos menos precisos. Nestes, os dados da estação seca apresentaram estimativas de erros para o cálculo de fluxos muito superiores às observadas na estação úmida. Dentre os 460 casos já estudados, não foi possível calcular o erro em 34% dos mesmos devido à dificuldade de obtenção de um valor para I, pois sob condições muito instacionárias a função auto-correlação para o sinal de w'c' não chega a ser estimável, o que reflete um padrão dominante de não estacionaridade em certos horários do dia. A incidência de grandes erros nos fluxos no início das noites de estação seca coincide com a ocorrência de fenômenos internos de rajadas de ar frio, que, ao penetrar na copa, induzem o deslocamento rápido para cima do ar retido a baixo da copa.