Fluxo de CO2 em Ambientes Aquáticos. Estudo de Caso em Caxiuanã, Portel, Pará

• Autor(a) principal: MeIo, Daniel Marcos Bentes de
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: Sales, Maria Emília da Cruz, Pires, Otilio Othon
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2319
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS; Dióxido de Carbono; Ambientes aquáticos; Efeito estufa; Caxiuanã

O aumento da concentração de dióxido de Carbono (CO) na atmosfera, tido como um dos principais gases causadores do efeito estufa, tem incentivado estudos relativos ao Ciclo Global do Carbono. Esta proposta de trabalho visa à caracterização do fluxo de CO, na região de Caxiuanã, cuja magnitude ainda é desconhecida, a con-tribuição deste fluxo no ciclo do carbono, bem como a caracterização físico-química e química das águas superficiais. No campo foram selecionados 5 (cinco) pontos de amostragem, 3 (três) no Rio Curuá, 1 (um) no Rio Caxiuanã e 1 (um) na Baía de Caxiuanã, nos quais estão sendo mensurados in situ valores de pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido e o fluxo de dióxido de carbono, sendo coletada também água de superfície para ser feita a caracterização química (alcalinidade, cloreto, sulfato, amônia e metais - Na, K, Ca e Mg). As coletas são mensais e foram iniciadas no mês de janeiro deste ano, período de maior pluviosidade. Os dados apresentados neste trabalho correspondem à primeira coleta. Nos pontos amostrados no rio Curuá o fluxo de CO2 apresentou-se de forma crescente da nascente para a foz (RCu01= O,53j.1mol.m2 .S-I ;RCu02=4,J 6j.1mol.m-'.s-I; RCu03=5,77 j.lmol.m2 .s-I ); no rio Caxiuanã o fluxo mostrou-se maior que o terceiro ponto do rio Curuá (RCx= 5,84 umol .m -2 .s-I ), dado justificável uma vez que o rio Curuá é afluente do rio Caxiuanã, o fluxo na baía de Caxiuanã apresentou-se negativo, ao contrário do esperado (BC=-O,28j.1mol.m-'-.\·-I), o que caracterizaria, levando em consideração sua área, o corpo aquático da região como absorvedor de carbono, contrariando a literatura existente que dota os rios da Amazônia como sendo exportadores de carbono para a atmosfera (RICHEY, 2002), este dado precisa ainda ser ratificado, uma vez que se considerou apenas a primeira campanha. Para os valores das mensurações físico-químicas e das determinações químicas houve concordância com os valores apresentados por Furch (1984).