Descrição dos grãos de pólen de mandioca (manihot esculenta crantz) entre os cultivares presentes em solo de terra preta arqueológica

• Autor(a) principal: Silva, Edilson Freitas da
• Data de Publicação: 2008
• Outros Autores: Barata, Flávia Cristina Araújo, Ruivo, Maria de Lourdes
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2469
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOLOGIA AMBIENTAL; Amazônia; Mandioca; Maníhot esculenta

As populações tradicionais da Amazônia que habitam o interior da floresta mantêm cultivos de subsistência por gerações, devido, principalmente, às grandes distâncias da região que os isolam dos centros comerciais. Geralmente as comunidades escolhem para os seus cultivos locais em que estão presentes os solos de Terra Preta Arqueológica (TPA), também chamados de Terra Preta de índio TPI, os quais são caracterizados pelo elevado grau de fertilidade e apresentam evidências da ocupação humana pretérita. O componente orgânico é oriundo da convergência vegetal natural e da ação antrópica de seus antigos habitantes. Nas TPAs são cultivadas diversas espécies de amiláceas, dentre estas a mandioca (Maníhot esculenta Crantz) que é uma das mais significativas e promissoras da região amazônica. Suas principais características são facilidades de cultivo e adaptação ao clima e solo, o que possibilitou ampla distribuição da espécie em quase todas as regiões tropicais da Terra. Tal disseminação influenciou na existência de centenas de cultivares, representando grande obstáculo para a taxonomia da espécie. Considerando todo valor agregado pelo cuItivo de M. esculenta e a problemática taxonômica envolvida, foi estudada a morfologia polínica de quatro cultivares de mandioca, presentes em solo TPAs, provenientes do município de Juruti-PA. Botões florais adultos foram acetolisados, medidos, descritos e foltomicrografados. A microscopia eletrônica de varredura foi utilizada como principal ferramenta na separação dos cultivares. Os grãos de pólen são grandes, de superfície clavada, na qual as clavas formam rosetas, sexina intectada, atremados e esferoidais. As clavas variaram quanto à forma, de triangulares a quadrangulares, e ao número de cinco a oito. Os dados evidenciaram tênue taxa de variação entre as amostras, ou seja, estenopolínicos. Contudo, aspectos inerentes a cada cultivar, possibilitou a classificação dos mesmos por meio de uma chave polínica.